Mineração Taboca recupera meio ambiente nas lavras de cassiterita da Amazônia

26 de março de 2013

  Para manter uma estreita relação com o meio ambiente em face da necessidade de convivência harmônica entre a atividadades da mineração e a natureza, a Mineração Taboca, empresa do Grupo Paranapanema, vem desenvolvendo intensa atividade de recuperação ambiental nas áreas trabalhadas pela empresa no município de Presidente Figueiredo (AM). Até dezembro de 1998, recuperou… Ver artigo

 

Para manter uma estreita relação com o meio ambiente em face da necessidade de convivência harmônica entre a atividadades da mineração e a natureza, a Mineração Taboca, empresa do Grupo Paranapanema, vem desenvolvendo intensa atividade de recuperação ambiental nas áreas trabalhadas pela empresa no município de Presidente Figueiredo (AM). Até dezembro de 1998, recuperou 1.400 hectares com o plantio de cerca de 200 mil mudas de espécies florestais nativas e plantas ornamentais, melhorando o visual das vilas e a recuperação das áreas trabalhadas.
Do total de 7.449 hectares ocupados com mineração, 2.220 são lagos destinados a peixamento e 2.478 já se encontram recuperados naturalmente com o retorno da cobertura vegetal. Falta concluir o replantio em 751 hectares minerados.
 
 
A Mineração Taboca, maior produtora de cassiterita do país, vem investindo maciçamente desde 1995 na recuperação de áreas degradadas pelas atividades extrativas em rocha primária e aluviões em Pitinga, norte do Amazonas. A cassiterita extraída em Pitinga é transportada para a metalurgia da empresa Mamoré Mineração, no Estado de São Paulo, para produção de estanho.
 
Visão ambiental
Após um diagnóstico inicial dos impactos já existentes, foram acertadas com a empresa Florestas Rio Doce S/A, empresa especializada em recuperação ambiental, as técnicas e metodologias a serem aplicadas na regeneração das áreas em que as atividades de mineração já foram encerradas. Neste trabalho foram consideradas todas as características peculiares e inerentes à Região Amazônica .
Para dar suporte às atividades de recuperação e visando intensificar a educação ambiental foi construído em Pitinga um Centro de Educação Ambiental – CEA, composto de:
|Laboratório de Controle Ambiental;
|Viveiro de mudas com capacidade de produzir 600 mil mudas/ano;
|Áreas de visitação (orquidário, bromeliário, plantas medicinais, centro de vivência e teatro de arena).
Até o final de 1999 já terá sido realizada a recuperação de 2 mil hectares, com a cobertura vegetal de gramíneas  e leguminosas, além da produção de mais de 350 mil mudas e plantio de cerca de 300 mil.
Várias outras medidas foram adotadas em defesa do meio ambiente local, tais como a construção de três estações de tratamento de esgoto da vila residencial (3.000 pessoas), caixas coletoras de óleos industriais e a  pavimentação e plantio de árvores na vila, melhorando significativamente a qualidade de vida da comunidade local.
Todos os efluentes são analisados em laboratório próprio, o que permite controle semanal dos despejos. Para melhorar o monitoramento do meio ambiente, foi criado um Sistema Integrado de Gestão Ambiental que abrange:
|Plano diretor ambiental ;
|Mapeamento on-line das áreas trabalhadas;
|Banco de dados de monitoramento de águas e efluentes, dados meteorológicos, planos de controle ambiental das diferentes áreas  (lavra, vilas, hospital, escola, transporte, etc);
|Controle gráfico da evolução das atividades;
|Registro e arquivamento  de dados e imagens geradas a partir de dados coletados.
Foi também implantado um Sistema de Informações Geográficas, que permite, com uso de dados geo-referenciados, controlar sistematicamente toda a evolução das áreas recuperadas, inclusive com possibilidade de uso de fotos de satélites fornecidas pelo INPE – Instituto de Pesquisa  Espaciais.
 
Prevenção
As ações para minimizar o impacto da lavra começam bem antes da operação, limitando-se o desmatamento ao mínimo necessário na lavra e também nas áreas de apoio. Constróem-se drenos para evitar erosão, canais de desvio para manter a água livre de partículas sólidas em suspensão e circuitos fechados para impedir extravasamento.
Durante a lavra, os efluentes são analisados para impedir alterações significativas nas características fisico-químicas da água. Após a lavra, inicia-se a recuperação com drenagem das encostas, recuperação do solo e plantio de gramíneas e leguminosas. Plantam-se também em áreas próprias espécies pioneiras secundárias e, depois, com as chamadas espécies clímax, que dão sustentação à floresta que irá surgir.
 
Peixes
Mais recentemente, a empresa, que pertence ao Grupo Paranapanema, iniciou um projeto de piscicultura em alguns igarapés utilizados na lavra de aluvião, com o aproveitamento dos lagos formados, para criação de peixes.
Inicialmente, foram preparados três tanques de crescimento nesses igarapés onde a atividade extrativa já se acha esgotada. Os igarapés são represados, formando lagos de 5 hectares, em média, podendo abrigar 25 mil peixes cada um.
Estima-se que os três primeiros lagos estejam disponíveis para uso após 8 meses de atividade. A expectativa de produção é da ordem de 75 toneladas de pescado por ano a partir do segundo ano do projeto, que deverá destinar-se principalmente à alimentação dos indígenas waimiris-atroaris, cuja reserva fica na divisa da área explorada.
Quando for concluída a primeira etapa de lavra nos igarapés Miraíra e Jacutinga, cerca de 10 lagos estarão disponíveis para peixamento. Os alevinos lançados há cerca de 9 meses (principalmente da espécie tambaqui, um peixe zooplanctófago típico da Amazônia) nos três lagos pioneiros já pesam mais de 1 kg.
Mais Informações:
Paranapanema: (021) 5531232
Taboca: (092) 7231115