Cartas
19 de abril de 2013Tambaba pede socorro
Tambaba: estupro anunciado
“Os paraibanos têm história na preservação de seu litoral. João Pessoa é a única capital brasileira que não deixou a especulação imobiliária tomar conta da orla urbana litorânea. Não existem prédios altos nos quarteirões próximos ao mar. Um privilégio! Como os paraibanos agora estão deixando destruir a APA de Tambaba? Não consigo entender. Sou frequentador de Tambaba e torço para que esta praia não seja estuprada. Parabéns à Folha do Meio Ambiente pela coragem em denunciar este estupro anunciado”.
Meg C. Oliveira – Recife – PE
Crime em Tambaba
“Repercutiu intensamente aqui na Paraíba a reportagem que a Folha do Meio Ambiente publicou sobre a intensamente bela praia de Tambaba e, ao mesmo tempo, as ameaças à desenfreada especulação imobiliária na área. O crime ambiental implica em danos irreparáveis àquela maravilha da natureza. Informo que estamos nos habilitando para acionar o Ministério Público Federal visando a anulação do ato irresponsável da Prefeitura do Conde que, para aprovar os projetos imobiliários, ditos turísticos, na área de Tambaba, decretou todo aquele entorno como área urbana, num ato claramente absurdo.
Pena que num país pretensamente governado por gente que se diz progressista, atos como esse podem ocorrer oficialmente, sem que qualquer autoridade se manifeste em contrário a projetos demolidores como o que ameaça no momento a praia de Tambaba e o seu entorno. Parabéns pela reportagem”.
Heitor Cabral – professor da UFPB aposentado/economista/advogado – João Pessoa-PB
Exploração em Tambaba
“Extremamente oportuna e mais do que pertinente, a ampla matéria externada pelo articulado jornalista Reginaldo Marinho na Folha do Meio Ambiente. Ela traduz a real crueldade e agressão sem tamanho com a APA de Tambaba, uma das reservas remanescentes da mata atlântica no litoral paraibano, demonstra desprezo com projetos que possam conviver em harmonia com a preservação do meio ambiente e com o desenvolvimento sustentável, além da prática do “turismo verde”. Uma verdadeira vergonha a gestão ambiental e descabida operação para tirar do mapa, uma das áreas que vem sofrendo com golpes sucessivos de desmatamento e crimes ambientais do mais diversos, visando exploração e especulação imobiliária. A conservação da área precisa e deve ser bem estudada e discutida amplamente para não causar mais danos irrecuperáveis às futuras gerações humanas e ao ecossistema”.
Ferdinando Lucena – [email protected]
As falésias de Tambaba
Estou vendo muitas denúncias aqui na Paraíba pela falta fiscalização ambiental. O Ministério do Meio Ambiente precisa deixar de ser omisso e entrar fundo nesta avalanche de destruição que esta acontecendo na APA de Tambaba. Além da omissão de muitos órgãos estaduais, aqueles que querem agir têm poucos fiscais e não conseguem vencer os interesses econômicos e políticos. Nem a Coordenadoria de Estudos Ambientais e nem o Batalhão de Polícia Militar Ambiental estão conseguindo estancar a destruição de Tambaba. Existe uma ação civil pública do Ministério Público Federal, que determina a desocupação da área conhecida como “Falésia da Praia de Coqueirinho”, e por uma deliberação do Copam que ordena os usos na faixa de praia de Coqueirinho.
No final do ano passado, foi realizado um levantamento dos comerciantes instalados no local e estes foram alertados sobre a ilegalidade da ocupação da área da APA. Tudo continua como antes. A poluição aumenta, o desmatamento aumenta e as providências oficiais são precárias. Há um conluio real entre empresários e gente do governo. Ainda há tempo de recuperar as falésias, os mangues e a mancha de Mata Atlântica. Onde estão os movimentos dos ambientalistas?
Vicentinho Morais – Campina Grande – PB
Tambaba: cadê o valentão?
Tudo tem limite. Incrível é que o dono desse terreno, que foi queimado e devastado em Tambaba, andava procurando um trabalhador para limpar a área dos tocos. E como ninguém aqui em Tambaba se prontificou a tal “CRIME”, pois sabem que a Polícia Florestal foi acionada, foi ao local e fotografou tudo. Reginaldo Marinho, também fez fotos, que estão na matéria da Folha do Meio Ambiente. O proprietário andava cantando de galo, dizendo que a polícia podia até prendê-lo, mas “tinha costa quente”. Logo seria solto. O valentão agora sumiu. Por que ele mesmo não vai lá terminar o crime que começou?
Rosana Diniz – João Pessoa – PB
Tabatinga e Tambaba
Fiquei sabendo que uma equipe técnica da Superintendência de Administração do Meio Ambiente fez vistoria na praia de Tabatinga, onde encontrou uma área devastada de 2,35 hectares. O espaço, que ainda preservava espécies da mata nativa, é superior ao tamanho de dois campos de futebol e estava sendo desmatado com a intenção de produzir carvão. No local, foram apreendidos todos os equipamentos utilizados na produção, além de madeira extraída de forma ilegal (5 m³) e que estava pronta para ser transformada em carvão. A região desmatada faz parte da Área de Proteção Ambiental de Tambaba. A maior parte da madeira era de mangabeira (Hancornia Speciosa) planta nativa da região.
O material apreendido foi encaminhado ao Jardim Botânico e, depois, enviado a Estação Ecológica Pau-Brasil onde servirá para fabricação de ninhos de roedores utilizados no reflorestamento pelo processo de nucleação de parte degradada do litoral. Até quando vamos conviver com esses crimes ambientais? Estão destruindo nossos manguezais e o que restou da Mata Atlântica da Paraíba. Parabéns pela matéria feita por este jornal.
Cris G. de Mendonça – João Pessoa – PB
SOS Tambaba
A Área de Proteção Ambiental de Tambaba, onde está situada a praia de naturismo mais conhecida no mundo, corre o risco de ser extinta para a construção de um complexo turístico gigantesco composto de quatro resorts, com 1.892 apartamentos, um campo de golfe com 18 buracos, quatro condomínios com 959 lotes para construção de residências, três pousadas, com 288 unidades habitacionais, três clubes, um centro comercial e estacionamentos com 1.400 vagas. O complexo turístico ocupará uma área de 1.867.900 m², que destruirá todo o bioma de Tambaba, com um incremento populacional estimado em 8.800 pessoas, que corresponde a 41% da população atual.
O diretor-adjunto da revista mais importante da Espanha, Interviú, publicou um artigo em defesa de Tambaba.
A Folha do Meio Ambiente, o jornal ambiental de maior circulação no Brasil, publicou uma reportagem, em matéria de capa, para alertar sobre esse grave crime ambiental https://www.folhadomeio.com.br/publix/wp-content/uploads/2013/03/
http://www.avaaz.org/po/petition
MUDA VIDA
A ONG MUDA VIDA, através do presidente Nilton de Castro, vêm agradecer e tecer elogios para esse veículo de grande importância para vários setores da sociedade brasileira e que tanto participa dos vários segmentos no dia-a-dia do meio ambiente.
Desejamos a toda equipe da Folha do Meio Ambiente, sucesso e prosperidade. Que, em 2013, possamos realizar todos os nossos objetivos e termos um meio ambiente para todas as tribos brasileiras. Com apreço e consideração do amigo Geógrafo e Ambientalista.
Nilton de Castro Lopes – Brasília – DF
Caminhos de Goiás
Sou estudante de jornalismo, em Goiânia, e gostaria de saber como posso ter acesso ao artigo de José Pedro Martins, publicado em maio de 1999, edição 93, intitulado “Caminho de Goiás: imagens de satélites reconstituem rotas dos colonizadores”. Procurei no portal da Folha do Meio Ambiente, ma não está disponível para não-assinanantes. A busca é em razão de uma pesquisa acadêmica que estou fazendo e a reportagem é muito interessante e completa. Ficaria muito grata se pudessem me ajudar.
Fernanda Ferreira – [email protected]
Belo Monte nasceu velha
A Usina de Belo Monte é obra essencial. Sem ela, teríamos dificuldades de atender a demanda da energia elétrica. Por isso o governo decidiu enfrentar todos os lobbies e construir a hidroelétrica. A idéia era fazer do empreendimento um modelo de sustentabilidade. Mas Belo Monte nasceu com um problem de origem grave, unindo o atrasado oligarquismo brasileiro ao novo nacionalismo-estatismo. Belo Monte já nasceu velha. O maior problema de Belo Monte não é ambiental. Muito menos indígena. O maior problema do projeto se chama Norte Energia S/A. A empresa, que venceu a concessão pública do empreendimento, é um mostrengo criado pelo governo às vésperas da licitação. Deveria ser privada, mas na prática funciona como um braço do estado, bem controlado pelas estatais e fundos de pensão. Une incompetência estatal e capitalismo. Confunde o que é público e privado a serviço das grandes empreiteiras.
Paulo Leandro Leal – Santarém – PA