mérito ambiental
Prêmio von Martius de Sustentabilidade
19 de abril de 2013mantidas as três categorias Natureza, Humanidade tecnologia. inscrições vão até 13 de maio
O Prêmio von Martius é um dos mais disputados, seletivos e importantes do país: em 11 edições recebeu a inscrição de 1.464 projetos e premiou 99 cases – um premiado a cada 14 projetos inscritos. Nos anos 2011 e 2012 foi suspenso, retornando agora em 2013 de maneira especial: o evento de entrega dos resultados será realizado durante a V EcoGerma, a feira de tecnologia e congresso técnico realizados pela Câmara Alemã em parceria com o Governo da Alemanha, em São Paulo, em junho de 2013.
Para Ricardo Rose, diretor do Departamento de Meio Ambiente, Energias Renováveis e Eficiência Energética da Câmara Alemã e coordenador do Prêmio, “a edição 2013 do Premio von Martius de Sustentabilidade será muito especial porque estamos unindo dois sucessos – o Premio e a EcoGerma – em um ano no qual se comemora o Ano da Alemanha no Brasil.”
O Prêmio von Martius sempre teve um processo de avaliação feito por uma Comissão Julgadora independente, composta por jornalistas, especialistas e empresários, que se reúnem e lêem os projetos inscritos.
O jornalista e consultor Rogerio Ruschel, que coordena o processo seletivo do von Martius desde o ano 2.000 informa que a coordenação decidiu manter o perfil de uma Comissão Julgadora seletiva que tem acesso aos cases inscritos, aos documentos originais, e não apenas lê resumos pela internet: “Entendemos que isso enriquece o julgamento e agrega credibilidade aos resultados.”
Informações
www.premiovonmartius.com.br/
VON MARTIUS: Brazilian Nature
Erlanger, cidade natal de von Martius, recebe exposição sobre a obra do naturalista alemão responsável pelo maior levantamento já feito da flora brasileira.
“Brazilian Nature – Mystery and Destiny” é o nome da exposição que vai homenagear Carl Friedrich Philipp von Martius , em Erlangen, na Baviera alemã. A Mostra foi aberta em 18 de abril em parceria com a FAPESP e o Museu Botânico de Berlim. A exposição resgata o trabalho de documentação feito por von Martius no Brasil, entre 1817 e 1820, que resultou na publicação da obra Flora brasiliensis, cujo primeiro volume foi lançado há 171 anos.
A exposição – que já passou por Berlim, Bremen, Leipizig, Heidelberg e Eichstätt – chega agora ao Jardim Botânico da Universidade de Erlangen-Nuremberg, cidade natal de von Martius,.
Reunido na Flora brasiliensis, o trabalho de von Martius deu origem também ao projeto Flora Brasiliensis On-line e Revisitada, que inclui a atualização da nomenclatura utilizada no original e a inclusão de espécies descritas depois de sua publicação, com novas informações e ilustrações recentes.
A exposição possibilita comparar imagens originais com fotografias atuais de plantas e biomas, e retratar alguns dos resultados de pesquisas realizadas no âmbito do projeto Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo e do programa BIOTA-FAPESP, que reúne estudos sobre caracterização, conservação, recuperação e uso da biodiversidade de São Paulo.
A exposição é composta por 37 painéis, com reproduções de imagens e ilustrações e textos explicativos. Além da Alemanha, a mostra já foi vista em Toronto (Canadá), Washington, Cambridge e Morgantown (Estados Unidos), Salamanca e Madri (Espanha) e, atualmente, está em cartaz também em Tóquio (Japão).
Von Martius aos olhos alemães
“A pesquisa sobre a biodiversidade brasileira iniciou-se aqui em Erlangen, pela ação de von Martius, que viajou pelo Brasil junto a Johann Baptist von Spix, originário da cidade vizinha de Höchstadt an der Aisch. O resultado científico dessa grande expedição foi extraordinariamente grande e abrangente, mas hoje von Martius ainda é mais conhecido no Brasil do que em sua terra natal”, afirma Walter Welss, professor e consultor científico do Jardim Botânico de Erlangen. A exposição em Erlangen foi aberta um dia após o aniversário de 219 anos do nascimento de von Martius. O botânico alemão nasceu em 17 de abril de 1794 em Erlangen, onde estudou medicina, obtendo título de doutor com a tese “Flora Cryptogamica Erlangensis“, que tinha como tema plantas do Jardim Botânico de Erlangen.