Folha do Meio Ambiente

Nhá Chica foi uma mulher inspiradora e, em vida, deu exemplo de fé, humildade e sabedoria. Depois de sua morte, operou milagres e inspirou o empresário João Vitor Gorgulho, uma admirador da natureza e de caminhadas. Foi dele, e de alguns amigos caminhantes, a ideia de criar o Caminho de Nhá Chica no ano de 1.999, uma peregrinação religiosa que acontece em todo dia 1º de maio, saindo de São Lourenço em direção a Baependi, onde viveu e morreu a beata. “Peregrinar é um ritual comum às religiões. Criamos o caminho santo de Nhá Chica pela fé e pelo esforço físico. Para todos que têm o privilégio de fazer a peregrinação o retorno é muito grande, visto que a correria do dia a dia nos obriga a nos distanciarmos de nós mesmos. Ao fazermos a caminhada, voltamos em reflexão e encontramos muitas respostas em nosso interior” diz João Vitor Gorgulho. “Cada peregrino faz o caminho de forma muito pessoal e, tem sua espiritualidade aflorada conforme suas convicções ” completa o empresário.

Neste ano, aconteceu a 15° peregrinação, foram 33 km percorridos por trilhas de terra, passando por fazendas e cenários de tirar o fôlego. O caminho conta com placas feitas artesanalmente com chitas coloridas que emolduram uma informação básica para os peregrinos: o número de quilômetros percorridos. O esforço foi recompensado pelas reflexões feitas ao longo do trajeto e terminou com uma missa no santuário de Nossa Senhora da Conceição, construído por Nhá Chica através de doações e, depois, reformado e ampliado. É lá que estão os restos mortais da agora beata.

“No Brasil foi proclamada Beata Francisca de Paulo de Jesus, conhecida como Nhá Chica. A sua vida simples foi toda dedicada a Deus e a Caridade, tanto que era chamada mãe dos pobres. Uno-me à alegria da Igreja do Brasil por esta luminosa discípula do Senhor!”