XV Caminhada de Nhá Chica
23 de maio de 2013Mais de cinco mil peregrinos fizeram a peregrinção-2013, entre São Lourenço e Baependi.
Primeiro de maio entrou no calendário da fé católica no Brasil, com a Caminhada de Nhá Chica, a Santa de Baependi. Os 33 quilômetros que se- param Baependi de São Lourenço pelas montanhas começaram a ser superados por volta de uma hora da manhã. Neste horário, centenas de peregrinos saíram da Igrejinha de Nhá Chica, no bairro Cafundó de São Lourenço e também da Igreja Matriz no centro da cidade, rumo a Baependi. A fé movia a montanha que cada peregrino guarda dentro de si para pagar promessas ou na esperança de alcançar alguma graça.
O número de participantes neste ano triplicou em relação ao ano passado. Em 2012 foram 1.200 peregrinos. Este ano foram 5.100 peregrinos.
Outro detalhe. As prefeituras locais participaram da Caminhada. Além de São Lourenço que sempre apoiou a peregrinação, Soledade de Minas, Caxambu e Baependi também ajudaram na infraestrutura de apoio, sinalizando o caminho e melhorando as estradas. De quilômetro em quilômetro era possível ver barracas com enfermeiras da Microtec e atiradores do Tiro de Guerra 04- 024 de São Lourenço, dando todo o suporte ao peregrino. A pé, de bicicleta ou a cavalo os peregrinos saíam em grupos familiares ou de amigos. Não importava como ir, o que importava mesmo era chegar a Baependi e pressentir o que seria a grande festa de beatificação de Nhá Chica, dia 4 de maio.
Com a igreja de Nhá Chica repleta de fiéis para a missa das 11 horas, muitos ficaram do lado de fora, descansando da longa caminhada. O serviço de saúde disponibilizado pelas ambulâncias dos municípios envolvidos no evento passavam o tempo todo pela estrada de terra pronto para intervir caso algum problema fosse detectado. Seis pessoas precisaram ser removidas por entorses e bolhas nos pés. Mas nada de mais grave foi registrado com os peregrinos.
A Santa de Baependi nunca abandonou e nunca abandonará seus devotos. A trajetória que uma pessoa comum percorre, desde a sua morte até o processo final de canonização, não é das mais fáceis. Até no caminho religioso e espiritual há que se seguir um longo e moroso processo burocrático. Nhá Chica que o diga.