PELO BRASIL

APLICATIVO PARA IDENTIFICAR MADEIRA

21 de março de 2014

Plataforma digital para ser usada em tablets e smartphones terá chave interativa para facilitar a identificação de espécies e ajudar no combate a crimes ambientais

Para criar esta versão, pesquisadores do LPF e do Instituto Amazônico de Investigações Científicas (Sinchi) viajaram para a de Tarapacá, na Colômbia, realizando coleta de amostras de espécies madeireiras de interesse comercial. O local fica próximo à fronteira do Brasil, no  Amazonas.
 

MAIS COMPLETA
Segundo Alexandre Gontijo, que está participando da expedição, a previsão é que sejam coletadas amostras de 18 espécies. “Foram selecionadas aquelas que estão entre as mais comercializadas e mais ameaçadas”, explicou. A equipe vai extrair pequenas amostras da madeira dos troncos, sem que haja necessidade de derrubar as árvores. A chave interativa que está sendo desenvolvida será ainda mais completa do que a versão brasileira, contemplando também informações genéticas e imagens de flores, frutos, cascas e da árvore em pé. A plataforma digital também vai ser adaptada para que a ferramenta possa ser usada em tablets e smartphones.
Segundo o biólogo Gontijo, o LPF fará a caracterização e a descrição das espécies, além da alimentação do banco de dados da plataforma. Já o Sinchi realizará as análises de DNA e fará a identificação botânica das amostras coletadas. 
A ideia é reunir as informações em um aplicativo de forma que agentes de órgãos ambientais, policiais, peritos ou mesmo pesquisadores possam consultar os dados para identificar mais facilmente uma tora, seja no pátio de uma serraria, na caçamba de um caminhão ou, ainda, uma amostra recebida para pesquisa. Estima-se que a chave interativa esteja pronta no segundo semestre para ser apresentada pela OTCA aos seus membros.
Para a pesquisadora da Área de Anatomia e Morfologia do LPF, Vera Coradin, o aplicativo deve contribuir para as atividades de órgãos ambientais dos demais países da Bacia Amazônica. “São todos países tropicais, com muitas espécies florestais e desafios semelhantes aos do Brasil”, afirmou. 
 
 
A GESTÃO DE PRODUTOS QUÍMICOS
O Brasil precisa dar conta dos desafios que representam a segurança química.
 
O PNUMA e o Ministério do Meio Ambiente realizaram um seminário sobre a Gestão Segura de Produtos Químicos. Os participantes discutiram o Guia para o Desenvolvimento de Infraestruturas Legais e Institucionais para a Gestão Segura de Produtos Químicos e Medidas de Recuperação de Custos da Administração Nacional com a Comissão Nacional de Segurança Química (CONASQ) e outras entidades.
Ney Maranhão, o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do MMA, afirmou na abertura do evento que o MMA atribui grande  importância a Comissão Nacional de Segurança Química e a esse programa. “O Brasil cresceu em população, em atividade econômica, ficou mais complexo em muitos aspectos e precisa dar conta dos desafios que representam a segurança química nesse país.”  
“O seminário teve por finalidade subsidiar, qualificar, inseminar o debate nacional sobre a construção de uma arquitetura com arranjos legais e institucionais para a segurança química”, explicou a diretora de Qualidade Ambiental na Indústria do MMA, Letícia Carvalho. “Os produtos químicos estão intrinsecamente ligados à nossa vida. São utilizados ou produzidos em quase todos os setores, industriais e sociais, incluindo a saúde, energia, transportes, agricultura, construção, têxtil e produtos de consumo.”
Ameaça à saúde e ao ambiente
Apesar dos produtos químicos contribuírem significativamente para o bem estar da sociedade, também representam uma ameaça para a saúde humana, ao meio ambiente e ao desenvolvimento sustentável se não forem geridos de forma adequada. 
As pessoas mais pobres enfrentam o maior risco de exposição a substâncias químicas tóxicas e perigosas, devido a suas ocupações, condições de vida, falta de conhecimento sobre práticas seguras de manipulação, acesso limitado a fontes de alimentos não-contaminados e água potável.