Editorial
25 de junho de 2014COPA DA DIVERSIDADE Até agora, a Copa é uma grata surpresa. Depois da primeira rodada dos Grupos, jogadores das seleções estrangeiras e os brasileiros estão maravilhados com tudo. Bom saber, pois quando o Brasil terá outra oportunidade de ser visto ao vivo e em cores pelo o mundo inteiro? Não sei. Mas uma coisa… Ver artigo
COPA DA DIVERSIDADE
Até agora, a Copa é uma grata surpresa. Depois da primeira rodada dos Grupos, jogadores das seleções estrangeiras e os brasileiros estão maravilhados com tudo. Bom saber, pois quando o Brasil terá outra oportunidade de ser visto ao vivo e em cores pelo o mundo inteiro? Não sei. Mas uma coisa eu sei: se bilhões de pessoas do mundo inteiro verem o Brasil fazer um fiasco na Copa, não vai resolver o problema do trânsito, não vai melhorar a saúde pública e muito menos vai fazer nossos políticos mais honestos e mais compromissados.
A Copa do Mundo é uma festa. Precisamos usufruir dela e aprender também com um grande evento como este. Aprender a se manifestar, mas sem depredações e violências. Aprender a receber turistas, como bons anfitriões que somos. Aprender a conquistar os visitantes, para tê-los de volta em outras oportunidades. Aprender ser educados com as questões ambientais, como o descarte do lixo.
Privar (por meio de manifestações violentas e covardes) brasileiros e turistas de assistirem ao maior espetáculo da terra num certame do esporte mais popular do Planeta, com certeza, não vai fazer o Brasil melhor e nem pior. Vai simplesmente impedir que vivamos uma experiência única nos estádios, nas praças, nos bares e em casa com nossas famílias.
Discordo quando dizem que a Copa do Mundo no Brasil é evento para ricos. Mentira. Evento para ricos é a Copa do Mundo na Alemanha, na França e em tantos outros países. Aí, sim, só os ricos podem ir ver e usufruir do turismo de um país de primeiro mundo.
Mudança é preciso e urgente. Mas é bom lembrar que cada um tem a responsabilidade de fazer mudanças no nosso dia a dia: basta obedecer filas, não fraudar concurso e nem vestibular, ser educado e solidário, não jogar lixo nas ruas, obedecer as leis do trânsito e, sobretudo, votar e escolher representantes público corretamente.
Se temos dificuldades e se somos um país de contrastes, a culpa não é a Copa. Se temos uma representação política mesquinha e corrupta, a culpa não é a Copa. Aliás, vale a lembrança: cadê o troféu da Copa Jules Rimet, de ouro maciço, que exigiu lágrimas e suor para que o Brasil ganhasse definitivamente depois de conquistar três Copas do Mundo? Bandidos roubaram, espertalhões a derreteram e intermediários do crime comercializaram para que interceptadores colocassem a Copa de 58, 62 e 70 no mercado do crime.
Torço muito para que o Brasil aproveite esta oportunidade e faça um papel bonito para o mundo que tanto admira nossa música, nosso futebol e nossa biodiversidade.
Prá frente Brasil!
SG