Folha do Meio Ambiente

 

Sustentabilidade ou política ambiental é algo tão amplo e tão abrangente que dentro deste conceito cabe tudo. Até mesmo a busca pela felicidade. Não há como ser feliz, num ambiente degradado, triste e caótico. 

Há 25 anos, a Folha do Meio Ambiente caminha nesta direção e planta uma semente-proposta de conscientização de nossa juventude. Nossa luta é por uma postura de ética e solidariedade, pois ao conceito ambiental de diversidade biológica corresponde o conceito de pluralidade cultural. 

A ética e a solidariedade estão, justamente, na convivência e no compartilhamento de oportunidades entre o ser humano e todos os outros seres vivos. Todos os recursos da natureza estão à disposição do ser humano, mas há uma postura –  no mínimo racional – de  somente se apropriar daqueles que sejam indiscutivelmente indispensáveis à sobrevivência. E mais: o ser humano depende não apenas desses recursos, mas também do conhecimento que a humanidade acumulou sobre seus usos. 

O conhecimento e a defesa de nosso fantástico patrimônio ambiental e cultural requerem posições firmes dos governantes em todas as escalas do poder público, tanto no Executivo (federal, estadual e municipal) como no Judiciário e no Legislativo. 

Acabamos de passar por uma eleição muito disputada. Infelizmente os debates e as campanhas, sobretudo dos candidatos à cargo majoritário (federal e estadual) se deram mais na linha de denúncias e desconstrução de adversários políticos do que na área de discussão de propostas e de programas de governo. É o nivelar por baixo. 

Mas como disse no início,  meio ambiente também pode gerar felicidade. Aqui vale lembrar a Prêmio Nobel, Pearl Buck, que bem resumiu tudo isso. Muita gente, diz a escritora, perde a oportunidade de ser feliz porque fica aguardando a grande felicidade e desperdiça as pequenas alegrias. 

Preservar o patrimônio cultural e preservar o meio ambiente  é dar oportunidades materiais a um povo É devolver-lhe a auto-estima. 

Em resumo, é fazê-lo feliz.

Silvestre Gorgulho