CARTAS
28 de janeiro de 2016O espaço do leitor
“Gáudio” das mineradoras
É com pesar que leio que a Folha do Meio Ambiente não terá mais a edição impressa. Vou ter que me acostumar a lê-la na internet, como já faço com a Folha de S. Paulo. Não é fácil, mesmo, manter um jornal de papel nas circunstâncias atuais. Você foi um bravo: 26 anos é quase metade da minha vida (rs). E nos brindou, no último número, com uma Carta do Editor que, se eu tivesse competência para isso, teria escrito com grande prazer e convicção para "gáudio" das mineradoras. Você fez falta no restaurante Tip-Top na comemoração dos 43 anos de formatura de nossa turma da UFMG. Grande abraço.
José de Castro – Belo Horizonte – MG
Desafios continuam
Vinte e seis anos não são 26 horas, não é mesmo? Hoje, o meio ambiente não consegue mais viver sem a voz e a tribuna que vocês criaram para defendê-lo, mesmo que isso custe ainda mais sacrifícios, desafios e dedicação permanente de vocês e a equipe de colaboradores permanentes e eventuais. Não temam o futuro, se planejem, como sempre fizeram. E vão em frente! O sucesso continuará a ser alcançado, pouco a pouco, pelo menos nos próximos 26 anos, se Deus quiser – e Ele haverá de querer! Cumprimente, em meu nome, sua querida Regina, solidária companheira e guerreira. Grande abraço de seu amigo, admirador e leitor.
Washington Mello – Belo Horizonte – MG
Editorial: destaco dois pontos
Li com emoção a última edição impressa da Folha do Meio Ambiente. Li, também, às lágrimas o seu recado na primeira página. Fiquei emocionada. Sou professora e sei o valor do jornal na sala de aula. Interessante que, com a edição impressa, é mais fácil de trabalhar com os alunos na sala de aula.
Dois pontos me comoveram muito na sua carta.
O primeiro quando você diz: “Mais do que um lance de ousadia, foram 26 anos – por assim dizer – de Crença. E de Esperança. De quem, na aspereza do Hoje, ainda tem tempo para se preocupar com o Amanhã. E, diante do pesadelo da destruição, acreditou e acredita no valor da cidadania e da educação ambiental, como única fórmula capaz de embalar os sonhos de um bem-viver.”
E o segundo: “Sabemos da importância da edição impressa, especialmente para as 6 mil escolas que recebem o jornal para qualificar suas aulas de educação ambiental. Mas a recessão do apoio publicitário, o alto custo do papel, da impressão, da manipulação e da postagem obrigou-nos a migrar para a edição on-line. Esta migração significa a sobrevivência de um veículo que continuará cumprindo seu papel em outra plataforma de mídia”.
Enfim, gostaria que aí na redação soubessem que vocês conseguiram construir uma ponte indestrutível entre o comportamento de ser com a realidade de um bem viver. Vocês plantaram esperança e conscientização. Nem uma letra escrita nesses 26 anos foi em vão.
Vivianne Maria G. M. Dias – Jundiaí – SP
Dengue, Zica e o lixo
Acompanho há uns 19 anos pelo menos a Folha do Meio Ambiente. Leio e depois dou para minha filha levar para escola e entregar para a professora. Em outubro do ano passado, a professora de minha filha já havia cobrado a edição impressa que ela sempre utilizava na sala de aula. Ela chegou a me telefonar e eu disse que o jornal parecia que estava numa fase de mudança e que a partir de janeiro deste ano seria apenas na internet. De minha parte acho que poderia continuar com a edição impressa e também na internet. O tema é muito importante e a FMA presta um serviço diferenciado, pois as matérias são bem escritas e didaticamente apresentadas. Sei que tem custo. Mas será que não se consegue apoio de empresas, governos e estatais que gastam tanto dinheiro com publicações, vamos dizer assim, tão mundanas e políticas? A pátria educadora esqueceu o meio ambiente e a conscientização ambiental. Taí a dengue, o zica, o lixo nas praias e nas ruas e tantas coisas mais que envergonham e degradam a condição humana. Triste país que não valoriza o que há de bom.
Marcelino J. Campos Reis – Recife – PE
Sustentabilidade familiar
Li um relatório aqui na escola que me impressionou e acho que também a todos os meus colegas. É interessante. A matéria mostrou que é importante que cada família ensine a calcular a influência negativa sobre o meio ambiente: uso e abuso do consumo de energia, uso e abuso de água e as emissões de CO2. Fiquei sabendo como uma família pode ser sustentável: Basta calcular a energia elétrica consumida pela família; Levantar o número de carros e outros veículos utilizados pela família; e a forma como produz e descarta os resíduos sólidos.
Calvin C. Lopes – Campinas – SP
Questão do lixo
Quem não se lembra das campanhas antigas que envolviam o personagem “Sujismundo”? Sujismundo foi criado pelo publicitário Ruy Perotti que tinha um slogan que deveria estar em todas as campanhas de utilidade pública do país: – POVO DESENVOLVIDO É POVO LIMPO.
Incrível como a população, de modo geral, não entende o lixo como algo que pertence a cada um, a cada pessoa. A maioria acha que o problema do lixo é dos governantes, é do Estado e é, enfim, de alguém que está obrigado a limpar as sujeirices individuais de cada pedestre. Se cada um fizer sua parte, nem vai precisar de empurrar para o governo a limpeza das ruas e das praias.
Clara M.G. Reis – Rio de Janeiro