Tartarugas-de-Pente

Soltura de 99 filhotes de tartarugas-de-pente movimenta praia em Maceió

11 de fevereiro de 2016

Animais foram soltos na Praia da Sereia sob olhares de banhistas. Biólogo afirma que há 62 ninhos de tartarugas na região.

Após serem soltas, tartaruguinhas foram em direção ao mar sob olhares curiosos (Foto: Lucas Leite/ G1)

 

Tartaruguinhas correram para o mar escoltadas por vários curiosos (Foto: Lucas Leite/ G1)

 

O Instituto Biota realizou, nesta quarta-feira (10), a soltura de 99 filhotes de tartarugas-de-pente no mar da Praia da Sereia, em Maceió. A corrida dos animais para o habitat natural atraiu a atenção de muita gente.
 
De acordo com o biólogo e diretor-executivo do Biota, Bruno Stefannis, a área foi escolhida  porque atualmente há 62 ninhos de tartarugas na região. "Além da proximidade, essa área não tem presença de arrecifes, o que facilita a chegada e saída dos animais", diz.
 
Stefannis explica também que cada tartaruga põe, em média, 120 ovos, e que apenas 70% desses animais nascem. "A cada mil tartarugas, apenas uma chega à fase adulta, devido a outros predadores ou ao contato com humanos".
 
Instituto Biota de Conservação promoveu a soltura das tartaruguinhas (Foto: Lucas Leite/ G1)
Instituto Biota de Conservação promoveu a soltura
das tartaruguinhas (Foto: Lucas Leite/ G1)
 
 
 
Em relação aos recentes casos de tartarugas mortas encontradas em Garça Torta, o diretor-executivo do Biota diz que não há como precisar as causas das mortes, mas pelas imagens vistas, acredita que tenham sido ocasionadas pelo contato com humanos.
 
"As imagens mostram que eram tartarugas saudáveis e jovens. Acreditamos que a morte tenha sido causada pela interação com humanos. Na região, há a prática da pesca, e elas podem ter ficado presas em uma rede e não subiram para respirar, morrendo afogadas", afirma Stefannis.
 
Além dos integrantes e voluntários do Biota, várias pessoas acompanharam a soltura das tartarugas no mar, como foi o caso do baiano Ubirajara Andrade, que mora há 16 anos em Alagoas.
 
"Achei o ato de extrema importância para a sobrevivência dos animais. A caça das tartarugas, feita por nós, humanos, ainda é muito grande, e isso aumenta a possibilidade delas serem mortas", conclui Andrade.