Cartas
9 de abril de 2016MÍDIA AMBIENTAL SEM APOIO É lamentável o descaso das autoridades brasileiras com um veículo de comunicação como a Folha do Meio Ambiente que prestou quase 30 anos de relevantes serviços em defesa da nossa biodiversidade – a maior do planeta! E lembrar que a ONU declarou 2010 o Ano Internacional da Biodiversidade e convidou o mundo… Ver artigo
MÍDIA AMBIENTAL SEM APOIO
É lamentável o descaso das autoridades brasileiras com um veículo de comunicação como a Folha do Meio Ambiente que prestou quase 30 anos de relevantes serviços em defesa da nossa biodiversidade – a maior do planeta!
E lembrar que a ONU declarou 2010 o Ano Internacional da Biodiversidade e convidou o mundo a celebrar a vida na Terra, a refletir sobre o valor da biodiversidade e a agir para protegê-la.
Silvestre Gorgulho, você e sua equipe desempenhou seu papel muito antes. Portanto o Oscar vai para a Folha do Meio Ambiente. Parabéns!
Vandi Falcão – [email protected] Brasília – DF
IMPRENSA VERDE
Excelente registro do Hiram Firmino – que é também um dos bastiões da midia verde. Credito ao Silvestre Gorgulho não só pelo pioneirismo na imprensa verde no Brasil, mas também a motivação para que eu seguisse o incerto caminho do meio ambiente como profissão, lá em 1989, quando comecei. Silvestre, continue na internet – ou melhor ainda, reinvente-se e amplie-se na internet que é um espaço muito maior do que algumas páginas impressas, inclusive para promover educação. Um abraço
Rogerio Ruschel – [email protected] – São Paulo – SP
MILITÂNCIA AMBIENTAL
Acompanho de perto todo o trabalho desenvolvido pela Folha do Meio. Parabéns a toda equipe, capitaneada pelo jornalista Silvestre Gorgulho, pela longa e boa militância ambiental! Conte conosco!
Juan Pratginestos – Brasília – DF
NASCENTE DO RIO PARANÁ
Tenho lido algumas entrevistas do Geraldo Gentil Vieira aí no jornal e em outros veículos sobre a nascente do Rio São Francisco, ser em Medeiros-MG e não em São Roque de Minas-MG. Concordo plenamente com as suas argumentações. Um rio maior, não pode ser afluente de um rio menor.
Por ser tão claro neste assunto, que resolvi lhe escrever, tomando um pouco do seu tempo.
Gosto muito de pesquisar sobre os rios brasileiros, como não tenho condições financeiras de fazê-lo pessoalmente. Vou pesquisando pelos mapas. Uma dúvida que tenho, e se possível, gostaria de esclarecer uma dúvida sobre a nascente do Rio Paraná. Em todos os lugares que pesquisei a informação é que a nascente do rio Paraná é a confluência do Rio Grande, com o Rio Paranaíba. Não concordo com isso.
Todo rio tem que ter uma nascente. Um local. O local mais distante da sua foz. Na minha visão o principal rio formador do rio Paraná é o Rio Grande, e neste caso, o Rio Paraná nasceria na Serra da Mantiqueira, perto de Mauá, na divisa de Minas Gerais e o Rio de Janeiro. Neste caso deixaria de existir a denominação do Rio Grande, e toda extensão seria Rio Paraná.
Onde é exatamente a nascente do Rio Paraná? Estou correto? Estou enganado? Poderia me auxiliar?
José Carlos Leal –
NR: A resposta é do próprio agrônomo Geraldo Gentil Vieira.
Prezado José Carlos, obrigado pelo interesse por um tema tão interessante. Também acho muito importante pesquisar sempre a bem dos nossos filhos e netos, não é mesmo? Vou informar de uma forma bem resumida. O nosso rio Grande tão mineiro, que passa bem perto de Lavras onde estudei. Tempos atrás verifiquei essa questão das nascentes do rio Grande em Minas Gerais, e face ao seu interesse, voltarei às cartas na escala 1:50.000 e 1:100.000 do IBGE/Exército; após isto, há que pesquisar pelas imagens de satélite e no Google Earth que cobrem toda as sub-bacias do rio Grande e do rio Paranaíba, que formam a bacia do Paraná, e esta e outras formam a do Prata.
José Carlos, destaquei parte do seu texto como a seguir:
Você escreveu “é que a nascente do rio Paraná é a confluência do Rio Grande, com o Rio Paranaíba” (sic). Aí no caso não se trata de nascente, mas sim a confluência (ou encontro) dos dois grandes rios, o rio Grande que nasce, isto é, tem sua nascente na serra da Mantiqueira, e o Paranaíba também tem sua nascente mais remota em Minas Gerais, e outros afluentes dele no estado de Goiás. Assim, vê-se que o rio Paraná ganha este nome a jusante (abaixo) do encontro deles, mas!…, perde este nome após receber as águas de outros grandes rios como o Paraguai e Uruguai, passando a se chamar rio da Prata ou da Plata.
A informação que busquei hoje no sitewww.suapesquisa.com/geografia/rio_parana.htm diz que: “O rio Paraná é um importante rio da América do Sul (principal rio da Bacia Hidrográfica do rio Paraná). Sua nascente fica na confluência dos rios Paranaíba e rio Grande, na região de divisa entre os estados de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul” (sic). Quem sabe sua confusão sobre nascente e confluência venha daí, caso sua pesquisa tenha sido este site. Ora, nascentes ficam em divisores de água, em pontos geográficos mais altos e não em planícies como essa aí desses dois cursos d’água no pontal do Triângulo Mineiro. Vemos assim que o rio Paraná é “um rio intermediário” cujos formadores principais o rio Grande e o rio Paranaíba, tem suas nascentes em Minas Gerais.
O site cbh rio Paraná diz que “o rio Grande nasce na Serra da Mantiqueira, no município de Bocaina de Minas (GD1), a uma altitude de aproximadamente 1.980 m. A partir das cabeceiras, seu curso tem o sentido SW-NE, até a divisa dos municípios de Bom Jardim de Minas (GD1) e Lima Duarte (GD1), onde passa a escoar no sentido S-N até a altura do município de Piedade do Rio Grande (GD1) (CETEC, 1983). A partir desse município, seu curso tem sentido para noroeste, o qual é mantido até à divisa dos municípios de Rifaina (UGRHI 08), na vertente paulista, e Sacramento (GD8), na vertente mineira, onde passa a correr no sentido geral E-W, até desaguar no rio Paraná, na divisa dos municípios de Santa Clara do Oeste (UGRHI 15), na vertente paulista, e Carneirinho (GD8), na vertente mineira”.
Então, assim motivado pelo senhor, vou ver nas fontes cartográficas citadas IBGE/DSG a coordenada de cada nascente e sua altitude em Minas Gerais. E também a foz. É preciso saber a fonte da pesquisa e a escala dos mapas cartográficos, com as coordenadas reais.
PS: Nascentes são polêmicas (quase sempre situam-se em locais de difícil acesso), veja ou leia a respeito do rio Nilo, Richard Burton e Spike, sendo que este passou a perna naquele, que estava preso por tribos.
Também atualmente “o rio Amazonas querendo superar o Nilo em extensão”, posicionando sua nascente no vulcão Mismi, no sul do Peru.
(Geraldo Gentil Vieira)