Sustentabilidade
Sustentabilidade do parque olímpico
4 de maio de 2016A recuperação da Lagoa de Jacarepaguá com plantio de mudas de e restinga na faixa marginal de proteção da Lagoa
O PLANO
O Plano de sustentabilidade foi concebido com audácia. As iniciativas para o meio ambiente miram a recuperação de áreas devastadas, revitalização de bacias fluviais e implantação de sistema de esgoto sanitário. Esse é um dos pontos sensíveis apontados por ambientalistas e destacados também por atletas, que reclamam da poluição das águas de locais de provas. Para qualquer técnico antenado com as causas ambientais, a sustentabilidade não é somente uma questão acessória, mas fundamental, que permeia todas as ações do Estado e da iniciativa privada.
PARQUE OLÍMPICO DA BARRA
O exemplo está no Parque Olímpico, na Barra da Tijuca. Ali, no “coração” dos Jogos, onde nove instalações esportivas estão sendo construídas, segundo a promessa das autoridades é que a área que margeia a Lagoa de Jacarepaguá tem que ser recuperada com o plantio de vegetação nativa de mangue e restinga.
Há que conferir se, conforme o prometido, a faixa marginal de proteção tem 73 mil m² será totalmente recuperada. Só o manguezal, que hoje tem apenas 2.140 m², passará a contar com 29.690 m² após o plantio de cerca de 31 mil mudas de mangues vermelho e preto. No total, serão mais de 480 mil. Seis viveiros foram instalados às margens da Lagoa para o desenvolvimento das espécies vegetais.
A faixa marginal de proteção começou a ser recuperada em dezembro de 2013, numa ação conjunta entre a Prefeitura do Rio e a concessionária Rio Mais, vencedora da licitação de Parceria Público-Privada que viabiliza grande parte do Parque Olímpico. Depois dos Jogos Olímpicos, uma passarela com 1,4 km de extensão deve permitir a visita à área recuperada. Placas com informações sobre a fauna e a flora do local foram instaladas para fortalecer a conscientização e a interação com os visitantes.
ZONA OESTE – BACIA DO RIO MARANGÁ
Sistema de esgoto sanitário na Área de Planejamento 5 (Zona Oeste) faz parte de uma concessão da prefeitura por um período de 30 anos. Na primeira fase de infraestrutura está previsto o saneamento da Bacia do rio Marangá, que beneficiará 232 mil moradores de diversos bairros da região.
A previsão é que até a abertura das Olimpíadas, em agosto, a maior parte da primeira fase estará concluída, o que atenderá às necessidades do Complexo Esportivo de Deodoro. Segundo o planejamento, devem ser realizados serviços de coleta e tratamento de esgoto em uma área de 20 milhões de m2, o que corresponde a 11 sub-bacias de esgoto e inclui os bairros de Deodoro, Vila Militar, Magalhães Bastos, Realengo, Padre Miguel, Bangu e Senador Camará. Pelo Plano, serão implantados 200 km de rede coletora de esgoto e interceptores. Também serão construídas e modernizadas uma estação de tratamento de esgoto e sete estações elevatórias.