Transgênicos: ontem e hoje        
        
        Cientistas dos EUA garantem: alimentos transgênicos não fazem mal à saúde
30 de maio de 2016Mais de 900 estudos sobre transgênicos foram revisados por pesquisadores e não acharam sinais de risco em relação aos não-transgênicos.
	
TRANSGÊNICOS
	Primeiro: o que são alimentos transgênicos? Uma resposta simples: são alimentos geneticamente modificados com o objetivo de melhorar a qualidade e também aumentar a produção e a resistência às pragas, visando a produtividade.
	Segundo: como conseguir modificar o DNA desses alimentos? Resposta: são usadas algumas técnicas como, por exemplo, implantar fragmentos DNA de bactérias, vírus ou fungos no DNA da planta. Esses fragmentos contêm genes que codificam a produção. As plantas ao receberam esses genes podem produzir mais ou menos toxinas contra as pragas da lavoura, podem ficar mais resistentes a certas doenças e, importante, podem sobretudo adquirir um maior valor nutricional.
	Alguns vegetais são modificados para que a produção seja aumentada e os vegetais sejam de maior tamanho. Existem também alimentos que têm o seu amadurecimento prolongado, resistindo por muito mais tempo após a colheita.

		Pontos positivos
		• Aumento da produção
		• Maior resistência à pragas (vírus, fungos, bactérias e insetos)
		• Resistência aos agrotóxicos
		• Aumento do conteúdo nutricional
		• Maior durabilidade e tempo de estocagem
		• Resistência maior a secas
		Pontos negativos
		• A seleção natural tende a ser maior nas plantas que não são transgênicas.
		• Eliminação de populações naturais de insetos, animais e outras espécies de plantas.
		• Com o tempo novas gerações da planta podem sofrer uma erosão genética.
		RELATÓRIO
		O relatório final de 388 páginas diz que o comitê de pesquisadores não encontrou diferenças que apontem para um maior risco à saúde dos alimentos transgênicos em relação aos não-transgênicos. Não há evidências de que os transgênicos provoquem obesidade, diabetes, autismo.
		A incidência de câncer nos Estados Unidos é parecida com a do Reino Unido e da Europa, que consomem menos transgênicos. Os dados indicam que os casos de câncer não aumentaram por causa dos alimentos geneticamente modificados.
		NO BRASIL
		Mas não há consenso sobre o potencial perigo cancerígeno do glifosato, um herbicida usado nessas lavouras, que é permitido no Brasil, mas que está sendo reavaliado pela ANVISA.
		Desde que surgiu nos anos 1990, o cultivo de transgênicos alimenta polêmicas no mundo inteiro. Em 2015, uma pesquisa mostrou que 57% dos americanos estavam preocupados com os efeitos desse tipo de alimento na saúde. Hoje, ele responde por 12% das plantações do planeta. 
		Nos Estados Unidos e no Brasil, mais de 90% da soja é transgênica.
		O relatório não vê relação entre os transgênicos e problemas ambientais. Mas diz que os transgênicos, ao contrário do que se divulga, não aumentam o rendimento da plantação. E que não podemos contar só com eles pra resolver a fome no mundo.
		Michael Hansen, de um grupo de defesa dos consumidores, diz que o relatório é esquizofrênico porque não aponta problemas, mas diz que é preciso fazer novos estudos independentes sobre a segurança desses alimentos e ter regulação.
		Gregory Jaffe, especialista em biotecnologia, acha que os consumidores desconfiados não vão mudar de opinião de uma hora para a outra, mas que o relatório foi baseado em evidências, e é um resumo de tudo que a ciência sabe até agora sobre os transgênicos.
