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ICMBio AVALIA 12.256 ESPÉCIES EM 5 ANOS

1 de setembro de 2016

Estudo liderado pelo ICMBio, que resultou na atualização da lista de espécies ameaçadas da fauna brasileira, foi a maior avaliação de risco de extinção já feita no mundo.

 

 

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Onça do Pantanal, maior mamífero das florestas brasileiras
 
 
 
Os números são monumentais, do ponto de vista da pesquisa, monitoramento e conservação da biodiversidade: 12.256 espécies avaliadas, sendo 100% dos mamíferos, répteis, anfíbios e aves, incluindo ainda peixes e invertebrados aquáticos.
 
O estudo comandado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que resultou na atualização da lista de espécies ameaçadas da fauna brasileira, representou a maior avaliação de risco de extinção já feita no mundo.
 
 
 
 
 

 

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O macaco-prego-galego (Sapajus flavius) está entre as 720 novas espécies incluídas na lista.
 
 
 
Ao todo, 720 novas espécies foram incluídas na lista, como o macaco-prego-galego (Sapajus flavius), descrito após 2003 cujo habitat (Mata Atlântica nordestina) vem sofrendo redução desde o século XVII, e do maçarico-rasteirinho, ave migratória com declínio populacional.
 
Mas a melhor notícia, mesmo, foi a retirada de outras 1.173 espécies da fauna ameaçadas de extinção, que constavam na lista anterior, com dados de 2003/2004. Essas espécies melhoraram o seu estado de conservação e saíram da nova lista oficial.
 

 

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O mico-leão-preto passou de Criticamente em Perigo para Vulnerável.
 
 
PERIGO PARA VULNERÁVEL
 
Outras tantas melhoraram de situação, como o mico-leão-preto, que passou de Criticamente em Perigo para Vulnerável, o bacurau-de-rabo-branco, que saiu da categoria Em Perigo para Vulnerável, a arara-azul-de-lear e o peixe-boi-marinho, que passaram de Criticamente em Perigo para Em Perigo.
 

 

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O bacurau-de-rabo-branco saiu da categoria Em Perigo para Vulnerável.
 
 
 
 
Iniciado em 2009, o trabalho durou cinco ininterruptos anos, sendo concluído no final de 2014. Ao todo, 1.383 especialistas da comunidade científica de mais de 200 instituições estiveram envolvidos nesse processo.
 
 
 
 
 
 
 
 
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A arara-azul-de-lear passou de Criticamente em Perigo para Em Perigo.
 
 
 
A nova lista é uma ferramenta fundamental para balizar ações, planos e programas de proteção da fauna ameaçada. Representa um diagnóstico, um passo inicial para as ações posteriores, como os planos de ação nacional (PAN) para a conservação das espécies. O PAN é um pacto entre vários setores da sociedade que estabelece compromissos e responsabilidades para melhorar a conservação de determinadas espécies.
 

 

 

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O peixe-boi-marinho passou de Criticamente em Perigo para Em Perigo.
 
 
 
 
IMPORTÂNCIA DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
 
Além de evidenciar a importância dos planos de ação nacionais, a lista mostrou o quanto as unidades de conservação (UCs) da natureza são imprescindíveis para a proteção da fauna brasileira. Das 1.173 espécies ameaçadas que melhoraram o seu estado de conservação e saíram da lista, 663 (56,5%) estão presentes em UCs e 498 (42%) já são contempladas por algum PAN.
 
Com a divulgação da lista, os técnicos do ICMBio e parceiros podem, desde então, desenvolver melhor o seu trabalho de conservação, identificando as espécies que não se encontram em unidades de conservação e nem possuem planos de ação consolidados, pois elas são prioritárias nas ações de proteção.
 
Além da consolidação de novos PANs e da criação de UCs, os números citados na lista apontam para outras medidas que já estão sendo tomadas, como a qualificação do processo de licenciamento, o estímulo ao uso de recursos da compensação ambiental para proteção da fauna e os programas de apoio à conservação, como o Bolsa Verde.