Pirajubaé

Reserva do Pirajubaé

1 de novembro de 2016

Primeira jornada científica

 
 
Primeira jornada científica de pirajubaé
 
Um grupo de trabalho foi formado para sugerir medidas que qualifiquem o manejo dos recursos naturais e fortaleça o monitoramento e a gestão da Resex de Pirajubaé. Na Reserva Extrativista Pirajubaé realiza-se principalmente a coleta do berbigão (moluscos). Nas Unidades de Conservação federais do grupo Uso Sustentável que possuem populações tradicionais em seu interior, como as Reservas Extrativistas, Florestas Nacionais e Reservas de Desenvolvimento Sustentável, é permitido o uso sustentável dos recursos naturais pelas comunidades. Tratam-se de atividades que se constituem em fontes alternativas de renda, trabalhadas dentro de preceitos sustentáveis e envolvendo a gestão participativa dessas populações.
 
 
 
 
 
O grupo de trabalho formado por pesquisadores de universidades de Santa Catarina e do Paraná e servidores do ICMBio vai sugerir medidas para qualificar o manejo dos recursos naturais e fortalecer o monitoramento participativo e a gestão da Reserva do Pirajubaé.
 
 
 
 
O evento contou com a participação de pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), da Empresa de Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Epagri/SC), da Universidade Federal do Paraná (UFPR/Centro de Estudos do Mar), analistas ambientais e pesquisadores da UC e do Cepsul/ICMBio, além de alunos e parceiros. Os debates ocorreram nas dependências do Departamento de Aquicultura/CCA, da UFSC.
 
 
 
DIAGNÓSTICOS
 
A programação teve início com a apresentação e debate do “Estudo Ambiental para o ordenamento de parques aquícolas destinados ao cultivo de moluscos bivalves”, realizado pela Epagri, sobre o monitoramento físico-químico e qualidade da água das bacias e microbacias da ilha de Florianópolis.
 
Em seguida, houve discussão sobre as pesquisas “Monitoramento dos estoques naturais do berbigão (Anomalocardia brasiliana)”, realizada pela UFSC” após o colapso da produção na Resex Pirajubaé, no início do ano de 2015, “Avaliação do recrutamento e da biomassa explotável do berbigão”, da Univali, e “Influência dos eventos de ondas de calor em populações de berbigão”, da UFSC”, que leva em conta as mudanças climáticas em curso.
 
Foram apresentados ainda os resultados do diagnóstico participativo da pesca artesanal na Resex, realizado pelo projeto “Criando Redes”, uma iniciativa dos alunos do curso de Gestão Socioambiental – linha de Educação Ambiental, do ICMBio. O projeto foi desenvolvido numa parceria entre servidores do Cepsul, Floram e conselheiros (Coletivo UC da Ilha), com a finalidade de qualificar a participação de pescadores artesanais no processo de construção do Acordo de Gestão da unidade.
 
Também foram divulgados e debatidos os resultados da pesquisa-ação realizada pela UC e Cepsul com pescadores da Resex para avaliar a produtividade e impactos do uso de rede de emalhe de 60 mm na pesca artesanal local.