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OMM publica lista de temperaturas mais elevadas registradas na Antártica

3 de março de 2017

Enorme camada de gelo representa 90% das reservas de água doce do planeta, o suficiente para fazer aumentar o nível do mar em 60 metros caso derretesse completamente.

 

 

Antártica representa 90% das reservas de água doce do planeta (Foto: Michael Van Woert/NOAA/Divulgação/Arquivo)
 
 
 
 
A Organização Meteorológica Mundial (OMM), uma agência da ONU, publicou nesta quarta-feira (1) a lista de temperaturas mais elevadas registradas na Antártica, estabelecendo assim uma referência para análise das mudanças climáticas nesta região de importância crucial.
 
"A verificação das temperaturas máximas e mínimas nos ajuda a desenhar um mapa mais preciso do tempo e do clima nas fronteiras extremas do planeta", explica Michael Sparrow, especialista nas regiões polares que trabalha para o Programa Mundial de Pesquisa sobre o Clima, copatrocinado pela OMM.
 
A temperatura mais alta (19,8 °C) já registrada na região da Antártica (definida pela ONU como incluindo toda a terra e gelo localizados ao sul do paralelo 60) ocorreu em 30 de janeiro de 1982 em uma estação de pesquisa na ilha Signy.
 
O recorde de 17,5 °C no continente antártico, a principal massa continental e as ilhas adjacentes, foi registrado em 24 de março de 2015 na base de pesquisa argentina Esperanza, localizada no extremo norte da Península Antártica.
 
Finalmente, a temperatura mais alta (-7,0 °C) já observada no Planalto Antártico (a partir de 2.500 metros de altitude) foi medida em 28 de dezembro de 1980 por uma estação meteorológica.
 
Cobrindo uma área de 14 milhões de km², a Antártica é um continente frio, seco e ventoso. A temperatura média anual varia de -10°C na costa e -60°C nas regiões mais altas do interior, segundo a ONU.
 
A enorme camada de gelo representa 90% das reservas de água doce do planeta, o suficiente para fazer aumentar o nível do mar em 60 metros caso derretesse completamente.
 
A Península Antártica, que se estende a noroeste do continente em direção à América do Sul, é uma das regiões do mundo onde o aquecimento é mais rápido – cerca de 3°C ao longo dos últimos 50 anos, de acordo com as Nações Unidas.
 
A temperatura mais baixa (-89,2°C) já medida na região da Antártica, e no resto do planeta, foi registrada na estação de Vostok em 21 de julho de 1983.