Não ao tráfico de animais
6 de abril de 2017Operação resgata 219 animais silvestres na BA e SE. Multas aplicadas totalizam cerca de R$ 185 mil
O Brasil é um dos principais alvos de traficantes da fauna silvestre devido à sua imensa diversidade de aves, insetos, mamíferos e répteis. O comércio ilegal de animais é a terceira atividade clandestina que mais movimenta dinheiro sujo, perdendo apenas para o tráfico de drogas e armas. O cerco contra o tráfico de animais tem que ser permanente. Nesta semana, agentes do Ibama e da Polícia Rodoviária resgataram 219 animais silvestres comercializados ilegalmente em feiras livres da Bahia e Sergipe.
O cerco contra o tráfico de animais silvestres têm que ser permanente. Não só dos órgãos de fiscalização, mas também da própria sociedade. Nesta semana, agentes do Ibama e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) resgataram 219 animais silvestres comercializados ilegalmente em feiras livres nos municípios de Salgado, Estância, Itaporanga d'Ajuda, Lagarto e Simão Dias, em Sergipe; e em Paripiranga, na Bahia. Foram recolhidas 194 aves e 25 jabutis, réptil listado no Apêndice II da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e da Flora Selvagem Ameaçadas de Extinção (Cites), que estabelece controle mais rigoroso para importação e exportação. As multas aplicadas totalizam cerca de R$ 185 mil.
Realizada para fiscalizar o tráfico de animais, a operação apurou a participação de crianças e adolescentes na captura e no comércio da fauna silvestre. “Vamos continuar fiscalizando de forma ostensiva o tráfico no estado. Vários animais são vendidos ou mantidos em condições de maus-tratos. É importante conscientizar as pessoas de que se trata de crime ambiental”, disse a coordenadora do Núcleo de Inteligência da superintendência do Ibama em Sergipe, Cristina Coelho. Segundo ela, os caçadores têm mais facilidade para realizar a captura durante a seca em razão da escassez de alimentos.