PARQUE NACIONAL DE SÃO JOAQUIM - SC

Outra forma de corrupção

5 de junho de 2017

Agressão ao Parque Nacional de São Joaquim para instalação de projetos de energia eólica.

 

Existem várias formas de corrupção. Agredir a natureza para tirar um proveito próprio não levando em conta os interesses da sociedade é uma delas. O ex-ministro do Meio Ambiente, José Carlos Carvalho, chamou atenção na sua conta de facebook sobre um projeto de agressão ao Parque Nacional de São Joaquim, na Serra Catarinense. olocando várias fotos do Parque, o ex-ministro deixa a seguinte mensagem: “ Caríssim@s amig@s, as imagens que estou postando nessa mensagem fazem parte da área do Parque Nacional de São Joaquim, na Serra catarinense, que segundo a SPVS, serão excluídas da unidade de conservação, para facilitar a implantação de usinas de energia eólica e projetos agropecuários, de acordo com projeto de lei que tramita no Congresso Nacional, assim como já fizeram com Parques e Florestas Nacionais na Amazônia. É uma insensatez, um escárnio, um momento trágico e triste para a conservação da natureza em nosso país. A sociedade brasileira está sendo ultrajada por parlamentares que colocam os seus interesses acima dos interesses nacionais. ESSA É OUTRA FORMA DE CORRUPÇÃO.

 

 

Áreas do Parque Nacional de São Joaquim cobiçadas para implantação de torres de produção de energia eólica. (Fotos: Raphael Sombrio)

 

 

 

Ocupação de grandes áreas para instalação de torres para geração de energia eólica no Ceará. O perigo é repetir esses projetos dentro dos Parques Nacionais.

PARQUE NACIONAL DE SÃO JOAQUIM
 
O Parque Nacional de São Joaquim está inserido no bioma Mata Atlântica em Santa Catarina. Segundo a SPVS – Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental há projetos para para excluir áreas da unidade de conservação para facilitar a implantação de um parque de energia eólica.
 
O Parque Nacional de São Joaquim foi criado pelo Decreto 50.922, de julho de 1961, com o objetivo de proteger remanescentes de Matas de Araucárias, somando-se à relevância das "(…) terras, flora, fauna e belezas naturais". Além de proteger e conservar ecossistemas, os parque também são criados para promover a educação ambiental, a pesquisa e a visitação pública.
 
Parque Nacional de São Joaquim abriga animais e árvores ameaçados e um dos seus principais atrativos turísticos é o Morro da Igreja e a Pedra Furada. O Morro da Igreja pode ser acessado por estrada asfaltada através do município de Urubici. O parque também possui áreas nos municípios de Bom Jardim da Serra, Grão-Pará, Orleans e Lauro Muller.
 
Santa Catarina tem cinco parques nacionais e o Parque Nacional de São Joaquim é um deles. Criado em 1961, esta unidade de conservação protege as Matas de Araucárias, típicas do Sul do país, que estão situadas em uma área de 49.300 hectares.
 
 
 
 
Todos os anos, no inverno, é registrada temperatura abaixo de zero e a caída de neve faz o encantamento para os turistas.
 
 
 
 
 
PEDRA FURADA
 
Nos pontos da Pedra Furada e do Morro da Igreja a ocorrência de neve é bastante comum durante o inverno. Além desta região do parque, os Campos de Santa Bárbara registram as maiores altitudes do estado, embora o destaque do Parque seja mesmo o próprio Morro da Igreja, com 1.822 metros.
 
Os turistas brasileiros gostam de visitar o Parque Nacional de São Joaquim durante o inverno, justamente para se encantar com a neve e situações únicas que a estação oferece.
 
O Parque abriga 149 espécies vegetais catalogadas e os dois únicos gêneros de coníferas existentes no país: o Pinheiro-bravo e a Araucária, sendo que esta, ameaçada de extinção, cresce na presença de outras espécies e por isso constitui um subsistema. Estas árvores podem atingir alturas de cerca de 50 metros, com um diâmetro de 2,5 m.
 
 
 
 
VALE DAS ARAUCÁRIAS – Araucárias do parque são utilizadas como dormitório por Papagaios-charão.
 
 
 
 
A fauna abriga diversas espécies, entre elas o Leão-baio e Lobo-guará, ameaçados de extinção e também outros mamíferos como tapetis, um pequeno coelho, guaxinins, gambás, capivaras, antas, macacos tamanduás, raposas e cachorros do mato. "Na nossa região vemos rastros de Lobo-guará, mas ele é um animal bastante arredio, então não existe um levantamento de quantos existem na região", explica Michel.
 
Entre as aves, foram catalogadas 122 espécies. As ameaçadas de extinção são a Águia-cinzenta e o Papagaio-charão, que utiliza as Araucárias como dormitórios. Eles são facilmente identificados pelo contraste entre a plumagem verde, com as penas vermelhas que cobre a cabeça, a região ao redor dos olhos e as bordas das asas.
 
 
 
 
Bando de papagaio-charão que é identificado pela plumagem verde-vermelha. Foto: Dario Lins
 
Outros destaques do parque são as nascentes de diversos rios, entre elas a do rio Pelotas, também conhecida como nascente do Rio Uruguai, do rio Lava-Tudo, e do rio Três Barras, afluente do Rio Tubarão, além de outros menores, que abastecem o Sul de Santa Catarina.
 
 
COMO CHEGAR
ACESSO RODOVIÁRIO
 
Para acesso ao atrativo do Parque Nacional de São Joaquim, o Mirante do Morro da Igreja, com vista para a Pedra Furada, deve ser obtida autorização pelo visitante na sede administrativa do parque, em Urubici.
 
Para Urubici, há dois acessos rodoviários:
 
O principal acesso é pela capital (Florianópolis/SC) seguindo pela BR-282, sentido Lages/SC, na localidade de Santa Clara, município de Bom Retiro/SC. Daí vira-se à esquerda pela rodovia SC-110 (Serra do Panelão), e após 24 km chega-se ao município de Urubici/SC. 
 
Saindo da capital (Florianópolis/SC) segue-se pela BR-101, sentido Tubarão/SC. Quando chegar neste município vira-se à direita sentido Orleans e de lá pela SC-438, conhecida como Estrada da Serra do Rio do Rastro, repleta de mirantes. Passando a serra o visitante chega a Bom Jardim da Serra, seguindo mais 80 km pela mesma estrada e chegar a Urubici.
 
Para acessar o Morro da Igreja:
 
Seguir pela Estrada Geral do Morro da Igreja, asfaltada, de propriedade da Força Aérea Brasileira. A Aeronáutica  proíbe  o trânsito de vans com capacidade de mais de 18 passageiros, ônibus, micro-ônibus, caminhões e máquinas, devido a questões de possibilidade de queda da estrada em certos trechos. É permitido o trânsito de pedestres, ciclistas e veículos leves, como motocicletas, automóveis e vans com capacidade de até 18 passageiros.