Tartarugas Marinhas

Tartarugas marinhas serão monitoradas na costa do ES atingida pela lama da Samarco

25 de julho de 2017

O estudo será realizado durante 5 anos em 156 km de praia, de Aracruz a Conceição da Barra. Possíveis danos provocados pela lama da Samarco serão avaliados.

 

Filhotes de tartaruga da foz do Rio Doce, no Espírito Santo, em 2015 (Foto: Divulgação/ Arquivo Projeto Tamar)

Filhotes de tartaruga da foz do Rio Doce, no Espírito Santo, em 2015 (Foto: Divulgação/ Arquivo Projeto Tamar)

 

 

As tartatugas marinhas que costumam visitar o litoral Norte do Espírito Santo serão monitoradas durante cinco anos, pelo projeto Tamar e pela Fundação Renova. O estudo será realizado em 156 km de praia, de Aracruz a Conceição da Barra. Possíveis danos aos animais provocados pela lama da barragem da Samarco serão avaliados.

A ideia é avaliar aspectos como reprodução, alimentação e desova, por exemplo, para identificar se houve mudanças na dinâmica das tartarugas do litoral capixaba.
 
Por serem espécies ameaçadas de extinção, podem ser mais sensíveis a mudanças no ambiente. Por isso, o resultado desse monitoramento é um indicador fundamental para avaliar as ações de reparação ambiental executadas pela Renova, após o rompimento da barragem da Samarco em Mariana, que levou lama com sedimentos de minério do Rio Doce até o mar.
 
 
Como será o estudo
 
Os trabalhos começam nos próximos dias e os primeiros resultados serão compartilhados com os órgãos ambientais seis meses após o início do estudo.
 
O levantamento será realizado durante todo o ano e reforçado no período de desova das tartarugas, de setembro a março, quando o monitoramento ocorrerá durante o dia e também no período da noite.
 
Entre os locais monitorados estão áreas como Reserva Biológica de Comboios, a Terra Indígena de Comboios, Povoação, Monsarás, Cacimbas, Ipiranga, Ipiranguinha, Pontal do Ipiranga, Barra Seca/Urussuquara, Campo Grande, Barra Nova e Guriri.
 
A execução das atividades irá mobilizar mão de obra local – pescadores e moradores tradicionais da costa – para detecção e monitoramento das fêmeas, ninhos e filhotes, levando em conta também o conhecimento tradicional da população.
 
Todo o trabalho será supervisionado por técnicos e estagiários para possibilitar os estudos de distribuição espacial e temporal dos ninhos, proteção, identificação das espécies e avaliação do sucesso reprodutivo.
 
As equipes serão alocadas nas bases do Tamar ao longo da área a ser estudada e serão geridas pelos técnicos do Centro Tamar/Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).