ICMBio

Satélite monitora peixes-boi no fundo do mar

7 de novembro de 2017

ICMBio: rastreamento via satélite brasileiro contribuirá para conservação do habitat e proteção de áreas de deslocamento dos animais na APA e Arie de Mamanguape, no litoral da Paraíba

 

 

A Área de Proteção Ambiental (APA) da Barra do Rio Mamanguape e a Área de Relevante Interesse Ecológico (Arie) dos Manguezais da Foz do Rio Mamanguape, geridas pelo ICMBio no litoral da Paraíba, acabam de realizar trabalho de pesquisa, manejo e monitoramento de cinco peixes-bois marinhos reintroduzidos nas unidades. A iniciativa, desenvolvida em parceria com a Fundação Mamíferos Aquáticos (FMA), visa utilizar tecnologia genuinamente brasileira na transmissão de dados, através de satélite brasileiro do INPE.  A pesquisa foi aprovada pela FMA junto à Fundação Grupo O Boticário. Até então, os dados de monitoramento eram obtidos de satélites norte-americanos.

 
ACOMPANHAMENTO REMOTO
 
Os animais receberam o equipamento que irá rastreá-los (acompanhamento remoto) e fornecer informações sobre os deslocamentos dentro e fora dos limites das unidades de conservação, os seus hábitos alimentares, as áreas de maior permanência, entre outros dados.
 
O rastreamento contribuirá para a conservação do habitat do peixe-boi marinho e para as ações de gestão voltadas para proteção das áreas de deslocamento e ampliação das restrições no interior das UCs. Vai permitir ainda acompanhar e identificar as principais enfermidades que atingem os animais no ambiente natural, assim como avaliar o crescimento e o ganho de peso, além de outras informações.
 
Durante o manejo, os peixes-bois foram capturados e transportados para um local apropriado em terra firme. Foram realizadas avaliações clínicas, incluindo coleta de amostras de sangue, e efetuada a coleta de amostras biológicas, biometria e pesagem. Em seguida, os animais receberam o equipamento de rastreamento satelital, composto de cinto de silicone, tether e rádio transmissor.
 
Para a realização desta atividade, a APA, a ARIE e a FMA contaram com uma equipe de 14 pessoas, incluindo médicos veterinários, ecólogos, biólogo e tratadores de animais do ICMBio, além de pescadores locais, que deram importante colaboração.