Folha do Meio Ambiente

O IEMA – Instituto de Meio Ambiente do Espírito Santo trabalha desde sexta-feira para mensurar a quantidade de rejeitos de minério de ferro da VALE DO RIO DOCE que já atingiu o mar. Já se sabe que o vazamento é de grandes proporções de efluentes de minério de ferro atinge o mar na altura de Praia Mole. O Instituto de Meio Ambiente do Espírito Santo logo que  acionado pela própria empresa enviou um equipe para o local.

 

Andreia Carvalho, diretora-presidente do Iema, explicou que “os rejeitos da mineradora estão sendo lançados ao mar sem tratamento e a situação pode ser agravada por conta da chuva. Estamos com uma equipe no local para avaliar os danos, mas já consideramos um desastre ambiental”. Destacou Andreia Carvalho que a composição dos efluentes que vazaram é similar a que estava presente na barragem que rompeu em Mariana (MG), como minério de ferro, calcário, bentonita, entre outros. A preocupação dos técnicos, frisou a diretora-presidente, é que “a situação se agrave com o aumento do volume de chuva”.

 

O MESMO CASO DE MARIANA

 

Andreia Carvalho informou que, até o momento, os técnicos trabalham com a possibilidade de que uma falha na dimensão da estrutura teria ocasionado o vazamento. "Nossos técnicos estão verificando também a possibilidade de danos ambientais graves, com grande mortandade da vida marinha na região", explicou a diretora-presidente do IEMA. Ainda de acordo com Andreia, não há a dimensão da quantidade de rejeitos que já atingiu o mar. "Nós vamos finalizar o relatório e autuar a empresa, que terá que providenciar os laudos de impacto imediatamente. Após esse processo, tomaremos todas as medidas cabíveis.

 

 

Praia Mole, Vitória 

 

A Vale informou que, em decorrência das fortes chuvas dos últimos dias, houve lançamento de efluente da Estação de Tratamento próxima ao terminal de Praia Mole, Vitória. Segundo a empresa, o procedimento é previsto junto aos órgãos ambientais em situações de chuva extrema e o material é inerte, e já havia passado pelo sistema de tratamento, sendo lançado por um ponto licenciado pelo órgão ambiental e monitorado constantemente pela Vale.

 

A VALE disse ainda que comunicou o ocorrido imediatamente ao órgão ambiental e já realizou a coleta do material para análise físico-química. O relatório será encaminhado ao Iema, conforme prevê o procedimento.

Técnicos do IEMA estão preocupados e não acreditam muito na informação da VALE de que a companhia adotou todos os procedimentos de controle previstos e que todos os equipamentos do sistema de drenagem estão funcionando normalmente de acordo com o projeto aprovado.