Amazônia
Governo aprova plano que tenta salvar 15 espécies de primatas amazônicos da extinção
7 de dezembro de 2017Brasil tem a maior diversidade de primatas do mundo, mas doenças e pressão sob habitat afetam espécies. Plano de ação tenta reduzir risco.
O sauim-de-coleira (Saguinus bicolor), que era frequente na região de Manaus, está na categoria de maior risco. Plano tenta salvá-lo da extinção (Foto: Robson Czaban/ICMBio)
O Ministério do Meio Ambiente aprovou plano de ação que tenta salvar 15 espécies de primatas amazônicos da extinção e beneficiar outras 7. A aprovação foi publicada nesta terça-feira (5) no Diário Oficial da União e passa a vigorar a partir dessa data.
Hoje, as 15 espécies estão ameaçadas por atividades como caça de subsistência e perda de habitat. Também doenças, como a recente febre amarela, são uma ameaça à sobrevivência desses animais.
O plano tem diretrizes para o planejamento territorial, o que diminui a pressão sobre o habitat das espécies. Também há incentivos para a promoção de estudos sobre o impacto das mudanças climáticas. Uma outra ação é a atenção a doenças que afetam os primatas da região.
Cuxiú-preto (Chiropotes satanas) também está ameado de extinção (Foto: Miguelrangeljr/CC0 Creative Commons )
Entre as espécies ameaçadas estão sauim-de-coleira (Saguinus bicolor), o cuxiú-preto (Chiropotes satanas) e o caiarara ka’apor (Cebus kaapori). O caiarara consta na lista dos 25 primatas mais ameaçados do mundo.
O sauim-de-coleira vive na área metropolitana de Manaus e é uma das espécies que mais sofre pressão sobre habitat. Também a maioria das espécies ameaçadas está presente no chamado "Arco do Desmatamento", que compreende o sul e o leste da Amazônia no Brasil.
Segundo o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), entidade vinculada ao Ministério do Meio Ambiente, o Brasil é o país com maior diversidade de primatas do mundo: cerca de 16% das espécies conhecidas estão em território brasileiro.
O Plano Nacional de Ação Nacional (PAN) foi criado em decorrência das Metas Nacionais de Biodiversidade (2013), que postula que o Brasil deve diminuir o risco de extinção significativamente, com "tendência a zero", até 2020.