Tartarugas

O Milagre das Tartarugas

4 de dezembro de 2017

Tecnologia, educação e conscientização salvam as tartarugas no rio Tapajós. Em três décadas, monitoramento aponta aumento de quase 268%.

 

 

 

 

 

O Programa Quelônios da Amazônia (pqa), coordenado pelo Ibama, monitorou entre 29 de setembro e 10 de novembro cerca de 10 mil fêmeas da espécie tartaruga-da-amazônia (podocnemis expansa) em idade reprodutiva na região conhecida como Tabuleiro de Monte Cristo, no rio Tapajós, próximo ao município de Aveiro, no Pará.  Nesse período, a espécie migra para construir ninhos e colocar ovos. A população observada em 2017 aumentou 268% em comparação ao início da década de 1980, quando foram contabilizadas 2.715 fêmeas na região.
 
Para o coordenador do Programa Quelônios da Amazônia no Estado do Pará, Raphael Fonseca, os técnicos estão muito satisfeitos com esse crescimento que “indica que a redução observada no último ano foi revertida”. Em 2016, equipes do PQA haviam constatado uma diminuição de aproximadamente 84% no número de filhotes nascidos no tabuleiro e apontaram como causa provável a baixa quantidade de chuvas.
 
 
 
O PROGRAMA EM 8 ESTADOS
 
O PROGRAMA PQA monitora cerca de 50 mil fêmeas de Podocnemis expansa em idade reprodutiva em oito estados brasileiros: Amapá, Amazonas, Goiás, Mato Grosso, Pará, Tocantins, Rondônia e Roraima. As equipes técnicas fiscalizam os locais de desova para evitar a caça, abrem uma amostra representativa de ninhos e registram medidas dos animais para avaliar as populações. 
 
A pesquisadora Priscila Miorando, da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), foi ao tabuleiro de Monte Cristo para acompanhar o trabalho realizado na região e conduzir pesquisas.
 
A Podocnemis expansa é a maior espécie de quelônio da América do Sul e a única a possuir comportamento social descrito em estudos científicos. As fêmeas se reúnem na praia que se forma com a baixa do Rio Tapajós para preparar seus ninhos. Alvo de caça e roubo de ovos, a espécie é protegida desde 1979, ano em que foi criado o PQA.
 
O tabuleiro (área de reprodução) de Monte Cristo, também usado por Tracajás (Podocnemis unifilis) e pitiús (Podocnemis sextuberculata), é um dos maiores do país. O monitoramento em 2017 teve o apoio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do batalhão ambiental da Polícia Militar (PM) de Santarém e da comunidade de Monte Cristo.
 
 
 
 
O Programa Quelônios da Amazônia monitora cerca de 50 mil fêmeas de ‘podocnemis expansa’ em idade reprodutiva em oito estados brasileiros: Amapá, Amazonas, Goiás, Mato Grosso, Pará, Tocantins, Rondônia e Roraima.
 
 
 
 
FISCALIZAÇÃO DA DESOVA
 
 
 
 
 
 
O projeto Tartaruga da Amazônia tem como objetivo  preservar a natureza e seu foco principal é proteger as tartarugas que desovam na região do Tapajós que, segundo dados do Ibama, já passam de 18 mil matrizes e que a cada ano botam mais de 1 milhão e 200 mil ovos. Os pesquisadores buscam conscientizar a população da importância de proteger essa espécie tão ameaçada.
 
 
 
 
 
As equipes técnicas fiscalizam os locais de desova para evitar a caça, abrem uma amostra representativa de ninhos e registram medidas dos animais para avaliar as populações. A pesquisadora Priscila Miorando, da Universidade Federal do Oeste do Pará foi ao Tabuleiro de Monte Cristo para acompanhar o trabalho realizado na região e conduzir pesquisas.
 
A podocnemis expansa é a maior espécie de quelônio da América do Sul e a única a possuir comportamento social descrito em estudos científicos. As fêmeas se reúnem na praia que se forma com a baixa do rio Tapajós para preparar seus ninhos. Alvo de caça e roubo de ovos, a espécie é protegida desde 1979, ano em que foi criado o Programa.
 
O Tabuleiro (área de reprodução) de Monte Cristo, também usado por tracajás (podocnemis unifilis) e pitiús (podocnemis sextuberculata), é um dos maiores do país. O monitoramento tem o apoio das entidades do Ministério do Meio Ambiente, também do Batalhão Ambiental da Polícia Militar de Santarém e da comunidade de Monte Cristo.