Amazônia: incêndios florestais e garimpos

Vale a pena ver de novo

29 de janeiro de 2018

Incêndios florestais e garimpos: a tragédia provocada pela mão humana.

 

 

 

 

 
Os Kayapó vivem pela área do rio Xingu e seus afluentes como os rios rios Iriri, Bacajá e Fresco. As aldeias dos Kayapó estão dispersas ao longo desses rios, pelo Brasil Central. É um território quase tão grande quanto a Áustria. É praticamente recoberto pela floresta equatorial, com exceção da porção oriental, preenchida por algumas áreas de cerrado. No século XIX os Kayapó estavam divididos em três grandes grupos, os Irã'ãmranh-re ("os que passeiam nas planícies"), os Goroti Kumrenhtx ("os homens do verdadeiro grande grupo") e os Porekry ("os homens dos pequenos bambus"). Destes, descendem os sete subgrupos kayapó atuais: Gorotire, Kuben-Krân-Krên, Kôkraimôrô, Kararaô, Mekrãgnoti, Metyktire e Xikrin.
 
 
 

 

 

No ano passado, agentes do Grupo Especializado de Fiscalização (GEF) do Ibama realizaram operação de combate a garimpos de ouro na Terra Indígena Kayapó, no Pará. Em três dias, com apoio de três aeronaves, foram destruídas 12 balsas de mergulho, 1 balsa escariante, 12 escavadeiras hidráulicas, 4 motobombas e 1 caminhão carregado de toras. Os agentes ambientais também apreenderam em acampamentos de garimpeiros uma arma, uma mira de precisão para espingarda e aproximadamente 700g de mercúrio.

 

 

 

 

 

MERCÚRIO, O INIMIGO DA FLORESTA

 

 

 

 

O mercúrio usado em garimpos de ouro para separar o mineral contamina cursos d'água, animais e pessoas. Garimpos ilegais representam uma ameaça à saúde pública, principalmente em regiões como a amazônica, que têm a pesca como base de proteína alimentar.
 
Com 3,28 milhões de hectares, a Terra Kayapó abrange os municípios paraenses de Cumaru do Norte, Bannach, Ourilândia do Norte e São Felix do Xingu.
 
 
 
 

 

 
Para o cacique da aldeia Pukararankre, Garapera Kayapó, o garimpo leva doenças e provoca a destruição da floresta e das águas. “Nós, que moramos no Rio Xingu, mantemos a floresta e o rio preservados. Não queremos que entre garimpeiro. Temos que garantir o nosso futuro.”
 
 
 

 

 

 

 

 

INCÊNDIOS FLORSTAIS
TERRA INDÍGENA PORQUINHOS
 
Prevfogo/Ibama: Brigadas indígenas combatem incêndio florestal na Terra Indígena Porquinhos, no Maranhão.
 

 

 

 

 

 

As queimadas do ano passado destruíram plantações e parte da vegetação nativa nas reservas. O chefe de comando de operações, Kurtis François Teixeira Baeta, informou que em Porquinhos, 38 índios trabalharam com as brigadas, 12 deles contratados e os demais como voluntários. A ideia é engajar cada vez mais as comunidades na realização desse trabalho.
 
Embora os incêndios na reserva de Porquinho preocupem, o chefe da operação no local, Josiah Villa Nova, afirmou que o uso de queimada controlada tem diminuído os incêndios, não somente no Maranhão, mas em outros estados. A queima controlada de áreas de risco é feita ao longo do ano.
 
 
 
 

 
No ano passado, o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, inspecionou os trabalhos de combate ao fogo na Terra Indígena de Porquinhos, no Maranhão, onde vivem mais de 900 índios da etnia Canela. Os focos mais extensos foram debelados depois de muito trabalho dos brigadistas do Programa Prevfogo do Ibama. (Fotos: Paulo de Araújo)
 
 
RECURSOS PARA FISCALIZAÇÃO
 
Acompanhado da presidente Ibama, Suely Araújo, e do chefe do Prevfogo, Gabriel Zacharias, o ministro sobrevoou as áreas atingidas. Em reunião com os brigadistas, Sarney Filho anunciou a destinação de recursos para reforçar o trabalho do Prevfogo nas unidades de conservação e em áreas indígenas. 
 
Segundo ele, apesar do corte orçamentário sofrido pelo Ministério, foi possível garantir recursos para o Ibama, tanto para fiscalização como para o trabalho do Prevfogo. “Estamos usando recursos do Fundo Amazônia e, assim, foi possível aumentar as ações de comando e de controle, além de outras iniciativas de proteção das reservas”, afirmou, citando que dados preliminares do Imazon indicam que os índices de desmatamento diminuíram 21% no período entre 2016 e 2017.
 
 

 

 
Sarney Filho disse ainda que ficou impressionando com o número de queimadas entre a cidade de Imperatriz e a área de Porquinhos. “As mudanças climáticas estão causando secas prolongadas e os desmatamentos agravam o calor”, alertou.
 
 
COMBATE
 
Antes de viajar para a área indígena, o ministro esteve reunido com o comando central do Prevfogo, na cidade de Grajaú, de onde o combate ao fogo em três áreas indígenas está sendo monitorado. Brigadistas, especialistas do Prevfogo, inclusive com o apoio de indígenas, realizam o trabalho. A previsão é que as equipes permaneçam nas áreas até a chegada das chuvas.
O chefe de comando de operações no estado, Kurtis François Teixeira Baeta, informou que em Porquinhos, 38 índios trabalham com as brigadas, 12 deles contratados e os demais como voluntários, e a ideia é engajar cada vez mais as comunidades na realização desse trabalho.
Embora os incêndios na reserva de Porquinho preocupem, o chefe da operação no local, Josiah Villa Nova, afirmou que o uso de queimada controlada tem diminuído os incêndios, não somente no Maranhão, mas em outros estados. A queima controlada de áreas de risco é feita ao longo do ano.