Natureza
Poema inspirou biólogo a entrar para o mundo da fotografia de natureza
2 de maio de 2018Répteis e aves estão entre os principais registros do observador da natureza
A jiboia é uma cobra grande que chega a medir 4 metros de comprimento (Foto: Cezar Augusto dos Santos /VC no TG)
“Prezo insetos mais que aviões. Prezo a velocidade das tartarugas mais que a dos mísseis. Tenho em mim esse atraso de nascença. Eu fui aparelhado para gostar de passarinhos. Tenho abundância de ser feliz por isso. Meu quintal é maior do que o mundo.” Foi esse poema do escritor Manoel de Barros que influenciou o biólogo Cezar Augusto dos Santos a entrar no mundo da fotografia de natureza.
Inicialmente, os insetos eram as principais espécies que passavam pelas lentes do observador. Hoje ele fotografa diariamente e conta com mais de 330 bichos diferentes no acervo. As cobras se destacam, jiboia e jararaca foram clicadas com detalhes. Para ele, algumas espécies são mais fáceis de fotografar do que outras, como é o caso das cobras. “As serpentes em geral são mais fáceis por conta do comportamento, além de lindas elas evitam o gasto de energia e ficam mais tempo paradas”, explica.
O tucano-toco habita mata de galeria, cerrado, capões e campos abertos (Foto: Cezar Augusto dos Santos /VC no TG)
O biólogo encara o hobby como uma maneira de levar para casa um momento de contemplação. “Gosto de poder admirar diversas vezes aquela imagem que eu já tinha deixado para trás” conta. O tucano-toco também posou para as lentes do fotógrafo, a espécie é considerada a maior entre os tucanos do país.
As formas, padrões e os comportamentos fantásticos dos seres vivos fascinam o observador. “Além da capacidade de registrar momentos acho que a fotografia tem uma grande responsabilidade, pode auxiliar no lado científico e traz à tona nossas memórias afetivas, reconecta o ser humano com a natureza”, finaliza o fotógrafo.
A jararaca possui hábitos predominantemente terrestres (Foto: Cezar Augusto dos Santos /VC no TG)
*Sob a supervisão de Lizzy Martins