Desmatamento
Responsáveis por desmatamentos em RO pagarão mais R$ 370 milhões em multas, diz MPF
7 de junho de 2018Dados foram divulgados nesta quarta-feira (6) e são referentes aos anos de 2016 e 2017. Estado é o terceiro com mais desmatamentos.
Áreas de desmatamento foram descobertas por imagens de satélites (Foto: Reprodução/Rede Amazônica)
O Ministério Público Federal (MPF) divulgou que 517 réus pagarão mais de R$ 370 milhões em indenizações por causa de desmatamentos ilegais em Rondônia. Os dados foram divulgados pelo Amazônia Protege, nesta quarta-feira (6), e são referentes aos anos de 2016 e 2017.
Segundo o MPF, Rondônia foi o terceiro estado com mais áreas de desmatamento na Amazônia Legal: 346 pontos. Já o Pará lidera essa lista, com 416 polígonos, e Mato Grosso vem em seguida, com 411 áreas.
O Programa Amazônia Protege identificou que em Rondônia, entre agosto de 2016 e julho de 2017, foram derrubados 23.096,07 hectares de floresta. Esse desmatamento foi causado por 517 réus, entre pessoas físicas e empresas.
Com a identificação dos responsáveis pelas derrubadas, o MPF vai denunciar os mais de 500 réus para as procuradorias da república, que ficarão responsáveis por mover ações civis públicas contra os suspeitos. A previsão é que sejam pagos, com estas indenizações, R$ 372.146.975,91.
Segundo o MPF, os "laudos periciais que identificam áreas e possíveis responsáveis foram produzidos a partir da análise de imagens de satélite e do cruzamento das informações com bancos de dados públicos".
Projeto
O Amazônia Protege é um programa do MPF desenvolvido em parceria com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Para descobrir os pontos de desmatamento no estado, o programa usou imagens de satélites do Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes/Inpe). O MPF também usa bancos de dados públicos para localizar os responsáveis por desmatamentos a partir de 60 hectares.
Os nomes dos réus denunciados podem ser consultados no site do Amazônia Protege.