Ecoturismo

Sinalização de trilhas ICMBio lança manual

4 de junho de 2018

Boa sinalização significa informação e segurança para os visitantes.

 

 

O principal meio de recreação dos visitantes de parques são justamente as trilhas. Mais de 60% dos visitantes de unidades de conservação (UCs) utilizam as trilhas, seja para alcançar uma cachoeira ou um mirante. Para tornar esses trajetos mais acessíveis, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade  acaba de aprovar, através da Portaria nº 523,  o Manual de Sinalização de Trilhas para Unidades de Conservação Federais.
 
 
 
PADRONIZAÇÃO NACIONAL
 
A publicação lança as bases para a criação de trilhas de longo curso a fim de que, a exemplo do National Trail System dos Estados Unidos, esses caminhos ecológicos também sirvam como conectores de paisagens entre as unidades de conservação e outras áreas. “O propósito do manual é oferecer uma base comum para que a sinalização de trilhas seja realizada segundo um referencial técnico unificado”, destaca Pedro Menezes, coordenador-geral de Uso Público e Negócios do ICMBio.
 
Com a divulgação do manual, o Instituto espera estabelecer uma padronização nacional, mas que também permita uma identidade local, respeitando e valorizando as particularidades de cada UC. Assim, todos os trajetos estão sendo sinalizados com a marca da pegada em amarelo e preto, mas o desenho da pegada muda a depender do local da trilha, personalizando cada caminho regional com suas próprias características.
 
 
SEGURANÇA E CONSERVAÇÃO
 
Ainda segundo o coordenador-geral, uma boa sinalização é importante por duas razões principais. A primeira, e mais óbvia, é relativa à segurança: evitar que os visitantes se percam. A segunda tem a ver com a conservação, uma vez que a sinalização é também uma ferramenta de manejo. “Às vezes, o caminho mais simples passa por uma área frágil, que deve ser poupada, e isso se resolve com os instrumentos de sinalização”, explica Menezes.
 
 
TRILHAS DE LONGO CURSO
 
As conhecidas pegadas amarelas e pretas, descritas no manual, já estão sendo utilizadas nas trilhas de longo curso que o ICMBio vem implementando ou atuando como parceiro. O Instituto está focado na criação do Sistema Brasileiro de Trilhas de Longo Curso, no contexto do Programa Conectividade de Paisagens – Corredores Ecológicos, em atendimento à demanda instituída por portaria do Ministério do Meio Ambiente.
 
A partir das indicações da publicação, as pegadas podem ser personalizadas de acordo com aas características locais. É o que ocorre nos trechos das trilhas de longo curso que passam por UCs federais. Na Reserva Extrativista Chico Mendes (AC), elas apresentam as seringueiras; na Floresta Nacional de Canela (RS), as araucárias; já na Trilha Transcarioca, que passa pelo Parque Nacional da Tijuca (RJ), as pegadas trazem a imagem do Cristo Redentor.
 
 
TRILHA DO PARQUE NACIONAL DE BRASÍLIA
 

 

LEMBRE-SE: Uma trilha onde há presença extensiva de sinalização e manutenção periódica demonstra a presença do Estado no local, servindo como instrumento de segurança para excursionistas e inibindo a presença de elementos mal intencionados.