Oceanos

Oceanos se aquecem mais rápido que o esperado e batem recorde de calor em 2018, dizem cientistas

14 de janeiro de 2019

Novas medições mostraram o aquecimento mais acentuado desde 1971.

 

 

Emissão de gases do efeito estufa pela ação humana aquecem a atmosfera, e grande parte do calor é absorvida pelos oceanos, o que obriga a vida marinha a fugir para águas mais frias.

 

Aquecimento dos oceanos foi o mais acentuado registrado desde 1971 — Foto: dimitrisvetsikas1969/Creative Commons

Aquecimento dos oceanos foi o mais acentuado registrado desde 1971 — Foto: dimitrisvetsikas1969/Creative Commons
 
 
 
 
Os oceanos estão se aquecendo mais rápido do que o estimado anteriormente, tendo atingido um novo recorde de temperatura em 2018 e mantendo uma tendência prejudicial à vida marinha, disseram cientistas nesta quinta-feira (10).
 
Novas medições, feitas com o auxílio de um rede internacional de 3,9 mil flutuantes lançados nos oceanos desde o ano 2000, mostraram o aquecimento mais acentuado desde 1971 e maior do que o calculado pela mais recente avaliação da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o aquecimento global, feita em 2013, segundo os pesquisadores.
 
Eles acrescentaram que “registros observacionais do calor interno do oceano mostram que o aquecimento está acelerando”, escreveram cientistas da China e dos Estados Unidos em estudo publicado na revista Science, para o qual foram medidas as temperaturas até os 2 mil metros de profundidade.
 
A emissão de gases do efeito estufa pela ação humana estão aquecendo a atmosfera, de acordo com a grande maioria dos climatologistas, e uma grande parte desse calor é absorvida pelos oceanos. Isso obriga a vida marinha a fugir para águas mais frias.
 
“O aquecimento global está aqui e já tem grandes consequências. Não resta dúvida, nenhuma!”, escreveram os autores do estudo em um comunicado.
 
Pelo Acordo do Clima de Paris, cerca de 200 países concordaram em reduzir o uso de combustíveis fósseis ainda neste século, com o objetivo de conter o aquecimento. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que quer promover os combustíveis fósseis produzidos nos EUA, planeja se retirar do pacto em 2020.