EUA

Sem funcionários no ‘shutdown’, parques nacionais dos EUA precisam limpar lixo deixado por visitantes

4 de fevereiro de 2019

Em pouco mais de duas semanas, os parques esperam maior movimento durante um feriado nacional. Prejuízo às autoridades norte-americanas pode aumentar.

 

 

Papel higiênico jogado no chão do Parque Nacional do Vale da Morte, na Califórnia. Banheiros ficaram fechados no 'shutdown' — Foto: Eric Risberg/AP Photo

Papel higiênico jogado no chão do Parque Nacional do Vale da Morte, na Califórnia. Banheiros ficaram fechados no 'shutdown' — Foto: Eric Risberg/AP Photo
 
 
 
Funcionários dos parques nacionais dos Estados Unidos correm contra o tempo para arrumar as instalações e garantir limpeza e segurança antes do feriado local de 18 de fevereiro. As reservas ficaram 35 dias sem funcionar durante o "shutdown" mais longo da história do país, que terminou há uma semana.
 
Segundo a agência Associated Press, os visitantes deixaram os parques "uma bagunça" durante os 35 dias de paralisação parcial do governo norte-americano. Abriram trilhas em locais proibidos, abriram portões fechados e inclusive fizeram as necessidades fora dos banheiros – quase todos trancados durante o "shutdown".
 
Um visitante até derrubou com um jipe uma árvore de troncos trançados conhecida por frequentadores de um parque na Califórnia.
 
 
 
Elefantes marinhos descansam em praia de reserva natural na Califórnia. Turistas não conseguem visitar região por questões de segurança  — Foto: Eric Risberg/AP Photo
 
Elefantes marinhos descansam em praia de reserva natural na Califórnia. Turistas não conseguem visitar região por questões de segurança — Foto: Eric Risberg/AP Photo
 
 
 
Outra consequência foi o deslocamento de animais de áreas protegidas – há tratadores em parques nos EUA encarregados de evitar que os bichos fiquem nos locais frequentados por humanos, por questões de seguranças.
 
Prejuízos aos parques

 

Placa em rodovia próximo ao Parque Great Smoky Mountains, no estado do Tennessee, avisa sobre atividades paralisadas por causa do 'shutdown' nos EUA — Foto: Robert Berlin/The Daily Times via AP

Placa em rodovia próximo ao Parque Great Smoky Mountains, no estado do Tennessee, avisa sobre atividades paralisadas por causa do 'shutdown' nos EUA — Foto: Robert Berlin/The Daily Times via AP
 
 
 
O porta-voz do Serviço Nacional de Parques, Mike Litterst, negou à AP um relatório com todos os danos em mais de 400 parques. Segundo ele, os casos eram isolados e a maioria dos visitantes "cuidaram bem" das reservas.
 
No entanto, representantes dos parques se queixaram da falta de cuidado com os locais públicos. Além disso, antes do "shutdown", os custos acumulados de manutenção dessas áreas custava cerca de US$ 12 milhões – valor que pode ter aumentado após os 35 dias de paralisação.
 
Há também o temor de um novo "shutdown". O acordo firmado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, com o Congresso Nacional é provisório. O governo pode fechar novamente caso não haja consenso sobre a questão da segurança na fronteira do México até 15 de fevereiro – três dias antes do feriado nacional.
 
 
 
 
 
 
 
Pirinópolis

Pirinópolis comemora dia nacional das RPPNs

4 de fevereiro de 2019

A Fazenda Vagafogo foi a anfitriã do Dia Nacional das RPPNs

 

 

Apesar de já ser comemorada desde 2013, o Dia Nacional das Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) foi oficializada pelo Congresso apenas em dezembro do ano passado. O país, segundo a Confederação Nacional de Reservas Particulares do Patrimônio Natural, exibe mais 1.534 RPPNs, que, juntas, somam mais 779 mil hectares do território protegido. Atualmente, são 668 RPPNs federais, que representam mais de 500 mil hectares de áreas protegidas.
 
O evento contou com a participação do presidente do ICMBio, Adalberto Eberhard; do superintendente do IBAMA (GO), Renato Paiva; do presidente da Confederação Nacional das RPPN, Lúcio Flavio; da consultora ambiental e procuradora da República aposentada, Sônia Wiedman, além de representantes do Corpo de Bombeiros, da Polícia Ambiental, da Secretaria de Meio Ambiente de Pirenópolis e diversos proprietários de atuais e futuras RPPNs.
 
 
 
 
 
No evento, foi assinada a criação de uma nova RPPN, a Frigo Nosso, localizada em Rondônia. Com isso, o país terá 668 RPPNs federais, mais de 500 mil hectares de áreas protegidas. Na cerimônia, o ICMBio apresentou um panorama das RPPNs no Brasil.
 
 
 
 
 
MAIS SOBRE AS RPPNs
 
As RPPNs são uma importante contribuição da sociedade civil para a proteção do meio ambiente, pois divide com o governo o ônus da gestão. Criadas pela iniciativa de proprietários particulares, elas têm como principal característica a conservação da diversidade biológica. Essas áreas são gravadas com perpetuidade, na matrícula do imóvel, sendo que o proprietário não perde a titularidade.
 
Entre as características importantes dessas unidades de conservação, estão a possibilidade da participação da iniciativa privada no esforço nacional de conservação da natureza, apresentação de índices altamente positivos na relação custo/benefício, contribuição para ampliação das áreas protegidas no país, além de promover a diversificação das atividades econômicas, criando novas oportunidades de emprego e renda na região.
 
O proprietário que cria uma RPPN terá como benefícios o Direito de propriedade preservado; Isenção do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) referente à área criada como RPPN; Prioridade na análise dos projetos, pelo Fundo Nacional do Meio Ambiente – FNMA; Preferência na análise de pedidos de concessão de crédito agrícola, junto às instituições oficiais de crédito, para projetos a serem implementados em propriedades que contiverem RPPN em seus perímetros; e Possibilidades de cooperação com entidades privadas e públicas na proteção, gestão e manejo da unidade.
 
As RPPNs foram criadas por decreto em 1990 e passaram a ser consideradas Unidades de Conservação no ano 2000, com a publicação da Lei 9.985, que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC).
 
 
 
 
 
FAZENDA VAGAFOGO
 
A RPPN Vagafogo. Localizada em Pirenópolis, Goiás, o Santuário de Vida Silvestre Vagafogo é uma Reserva Particular do Patrimônio Natural, criada em 1990 para promover a educação ambiental, o ecoturismo e a produção sustentável de alimentos.
 
 
 
 
 
 
A reserva possui uma linda e acessível trilha interpretativa de 1.500m, onde as inúmeras árvores centenárias e a mata ciliar que margeia o rio Vagafogo possibilita a interação com a fauna, flora e a observação de pássaros. No decorrer do percurso encontra-se: piscina natural de águas límpidas para refrescantes banhos, pequena cachoeira, área destinada a contemplação, bancos, mesas e tablados de madeiras.