Ecoturismo

Ecoturismo 2019

6 de março de 2019

SOBRE ECOTURISMO

 

 

Aproveitando o primeiro de Março como o Dia Nacional do Turismo Ecológico, a Folha do Meio vai publicar uma série de matérias sobre os mais importantes destinos para os leitores conhecerem. O trabalho foi preparado inicialmente pelas jornalistas Marina Torres e Deborah Sogayar, do ICMBio. A cada edição, serão três lugares especiais para a prática do ecoturismo.
 
 
Você sabia que o ecoturismo tem uma data especial no calendário brasileiro? O dia 1º de março é marcado como o Dia Nacional do Turismo Ecológico. E não é para menos, não é? Tem coisa melhor do que viajar para estar em contato com a natureza?
 
Ecoturismo ou turismo ecológico é o "segmento da atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista por meio da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações". A definição é dada pelo Ministério do Meio Ambiente em conjunto com o Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur).
 
Fundado nos conceitos de educação, conservação e sustentabilidade, é caracterizado pelo contato com ambientes naturais, pela realização de atividades que promovam a vivência e o conhecimento da natureza e pela proteção das áreas onde ocorre. Sem dúvidas, o segmento contribui para bem-estar ambiental, social, cultural e econômico dos destinos e das comunidades locais.
 
A Organização Mundial do Turismo (OMT) aponta que, enquanto o turismo no geral avança 7,5% ao ano, a prática de ecoturismo cresce cerca de 20%. No Brasil, mais de um milhão de viajantes geram um faturamento de US$ 70 milhões para o segmento. Segundo os dados de visitação em Unidades de Conservação (UCs) federais do ICMBio, em 2018 os parques nacionais tiveram um aumento na visitação de 6,15%, com um total de 12,4 milhões de visitas. Em 2017, foram 10,7 milhões de visitas.
 
Algumas das atividades que podem ser realizadas no âmbito do segmento de ecoturismo são: observação de fauna e flora, observação de formações geológicas e visitas a cavernas, mergulho livre, caminhadas, trilhas e safáris fotográficos. Pensando nessa data especial, o ICMBio separou algumas dicas de unidades de conservação federais que você pode conhecer ainda em 2019. Então já sabe, né? Prepara as malas e vai se aventurar na natureza!
 
Antes de viajar, não se esqueça de conferir o nosso Guia de Conduta Consciente em Ambientes Naturais.
 
 
1. ILHA DE RIO ANAVILHANAS – MAIOR ARQUIPÉLAGO DO MUNDO
 
 
 
 
 
A menos de cem quilômetros da capital amazonense, uma paisagem deslumbrante à beira do Rio Negro se destaca. Com o intuito de proteger um dos maiores arquipélagos fluviais do mundo, com mais de 400 ilhas e 60 lagos, o Parque Nacional de Anavilhanas (AM) é um convite irrecusável para apreciação da biodiversidade amazônica. 
 
São mais de 350 mil hectares de áreas fluviais (60%) e terrestres (40%) protegidas pelos limites da Unidade de Conservação (UC), que não só servem de proteção para espécies ameaçadas de extinção, como também proporcionam renda para as comunidades ribeirinhas e artesanais de Novo Airão, cidade-sede do parque.
 
O ecoturismo da UC é diversificado, com opções para todos os gostos e idades. Mas, para isso, é preciso ficar ligado nas temporadas de chuva, pois o rio pode alagar até dez metros a mais comparado ao período de vazão. Por lá, é possível encontrar praias de rio na seca (setembro a fevereiro), trilhas aquáticas por entre os igapós na cheia (março a agosto) e atividades de interação com botos-vermelhos. Para os mais corajosos, o rapel em macucu, um tipo de árvore gigante da região, é diversão garantida, com direito a apreciação do espetáculo verde-amazônico da copa das árvores.
 
 
COMO CHEGAR
 
A partir de Manaus, é possível chegar à Novo Airão – cidade sede do Parque – por via aérea, fluvial ou terrestre.
 
Via aérea – Novo Airão não possui aeroporto, somente Manaus, mas é possível fretar um hidroavião e pousar no rio Negro. Também é possível o pouso de helicópteros em áreas descampadas das comunidades, da Base 2 do PNA e de Novo Airão. Nas duas primeiras é preciso prévia autorização.
 
Via fluvial – Os barcos para Novo Airão saem do Porto de São Raimundo, em Manaus. No momento, não há opção de lancha rápida (3 horas de viagem), somente barco regional (9 horas de viagem).
 
De Manaus para Novo Airão, as partidas são à noite: terças e sextas às 20h. É importante confirmar os dias e horários, que ocasionalmente variam. A passagem custa por volta de R$ 35,00 por pessoa, e é necessário levar rede.
 
Telefones Úteis:
 
– Barco Regional – (92) 99146-5724 (Barco Novo Zanys) e (92) 99205-0560 (Barco Big Mar).
 
Para saber mais sobre a visitação no Parque Nacional de Anavilhanas, acesse: https://bit.ly/29Y5hpC
 
 
2 . ÁGUAS DO CERRADO ÁGUA É VIDA, MAS TAMBÉM É DIVERSÃO
 
 
 
Quem passa despercebido pelas paisagens marrom-alaranjadas do Cerrado, em especial nos meses de seca, não imagina que o bioma abriga oito das 12 grandes regiões hidrográficas do Brasil. Só no Distrito Federal, estima-se que existam mais de mil nascentes que banham os principais rios e bacias do País. Para preservar as águas provedoras da vida brasileira, é preciso, antes, conservar a vegetação nativa ao redor das nascentes. É sob esse olhar que o Parque Nacional de Brasília (DF) foi criado, no início da década de 1960.
 
Popularmente conhecido como Água Mineral, o parque abriga as bacias dos córregos formadores da represa Santa Maria, que é responsável pelo fornecimento de 25% da água potável que abastece a região, quando completamente funcional. Não obstante, a principal atividade para os visitantes são as piscinas naturais de água corrente, uma ótima opção para fugir do calor enlouquecedor do Centro-Oeste. Para quem gosta de caminhada, o parque dispõe de duas trilhas de pequena dificuldade: a da Capivara (1,3 km) e a do Cristal Água (5 km). Por outro lado, a Ilha da Meditação é um charmoso atrativo para os que buscam momentos de silencio, reflexão e introspecção.
 
A unidade também conta com lanchonete para refeições rápidas. Aqueles que preferirem, podem levar a própria comida e aproveitar o dia com um delicioso piquenique nos locais devidamente permitidos. É importante lembrar que utensílios e garrafas de vidro, assim como bebidas alcóolicas são proibidos no lugar. Também não vale despejar o lixo em qualquer canto. A preservação do meio ambiente conta com a participação de todos e todas. Mais informações sobre horários e ingressos no link: https://bit.ly/2odR4MU
 
 
3. BERÇO DE DINOSSAUROS PARQUE NACIONAL CHAPADA DOS GUIMARÃES
 
 
 
 
Paleontologia, geologia, arqueologia, história. Localizado no centro da América do Sul, o Parque Nacional Chapada dos Guimarães (MT) dá um show de educação ambiental. Considerado por muitos um verdadeiro museu a céu aberto, a região cercada de paredões rochosos era povoada por invertebrados marinhos e dinossauros, há 65 milhões de anos. Por isso, o parque conta com 46 sítios arqueológicos catalogados, contendo fósseis, inscrições rupestres e pinturas antigas. 
 
CURIOSIDADE: foi na Chapada dos Guimarães que encontraram o fóssil do Pycnonemosaure, um dos maiores carnívoros terrestres do período cretáceo tardio, com mais de 7 metros de comprimento.
 
A visitação está sendo reestruturada e os atrativos são abertos de acordo com a capacidade de gestão, com a adequação das estruturas e do sistema de controle. Atualmente, estão abertos à visitação o Mirante do Véu de Noiva, a Cachoeira dos Namorados e Cachoeirinha, o Circuito das Cachoeiras, a Casa de Pedra, Cidade de Pedra, Morro de São Jerônimo e a Travessia do Morro de São Jerônimo com pernoite no abrigo "Casa do Morro". Exceto o Mirante Véu de Noiva e a Cachoeira dos Namorados/Cachoeirinha, as atividades necessitam de agendamento prévio com guias ou condutores autorizados pelo Parque Nacional.
 
Apesar das dificuldades que o visitante pode encontrar ao percorrer as trilhas, tais como distância elevada, declives e falta de sombra, as opções de acessibilidade não deixam a desejar. Desde 2017, o Parque Nacional Chapada dos Guimarães conta com uma Julietti, uma cadeira adaptada para trilheiros com mobilidade reduzida, disponível para reservas. Saiba tudo sobre horários e acomodações em: https://bit.ly/2hDbQyA