Ernesto Moeri

Ernesto Moeri

6 de março de 2019

Presidente do Ekos Brasil, parceiro do ICMBio no Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, falece em acidente de avião

 

 

 

Fevereiro foi cruel para o ambientalismo brasileiro. Três nomes referenciais se foram e deixaram mais do que saudades: Paulo Nogueira-Neto, aos 96, Ernesto Moeri, 73, e Cristina Salvador deixaram um forte legado no trabalho de cidadania e políticas ambientais. Ernesto Moeri, 73 anos, era geólogo formado pela Universidade de Berna, Suíça, e fundador do Ekos Brasil. Após receber o PhD em geologia da Universidade de Berna, Suíça, em 1975, Ernesto Moeri começou a sua carreira profissional como geólogo de exploração mineral, trabalhando nos EUA, Groenlândia, Bolívia e Brasil. Em 1980, fundou a Geoklock, hoje líder de mercado em tecnologia ambiental. Ernesto era o Presidente do Ekos Brasil.

 

 

 

Um acidente aéreo vitimou fatalmente o Presidente do Conselho do Instituto Ekos Brasil, Ernesto Moeri e a especialista em remediação de solos contaminados, Cristina Salvador. Ernesto e Cristina trabalharam na empresa de Consultoria Geoclock, onde desenvolveram inúmeros projetos de remediação de solos, tema que ainda é pouco conhecido dos brasileiros. 

Ernesto sempre teve ideias visionárias e criou o Seminário Internacional sobre Áreas Contaminadas, que em 2018 teve sua Edição 11. Nesta última versão, o Seminário inovou mais uma vez discutindo o lado social dos processos de contaminação. 
 
Ernesto também se notabilizou em sua vida profissional por criar a OSCIP Ekos Brasil, que atua em temas ligados às mudanças climáticas, conservação da biodiversidade e projetos de impacto socioambientais. 
 
Ernesto tinha uma forte ligação com o Parque Nacional das Cavernas do Peruaçu no Norte de Minas Gerais, onde o Ekos Brasil tem, desde 2017, um acordo de cooperação com o ICMBIO para apoio à visitação no Parque. 
 
 
O ACIDENTE
 
O empresário Ernesto Niklaus Moeri, de 73 anos, piloto do Cessna C182 (prefixo PR-ENM), que caiu no sudoeste do Pará, no sábado (23), após decolar de Alta Floresta, declarou emergência antes da aeronave colidir em uma região de mata fechada. Com ele estava Maria Cristina, de 51 anos, que também morreu. Consta no relatório preliminar do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, a aeronave decolou com o intuito de fazer o transporte de passageiros da cidade de Alta Floresta até Jacareacanga (PA). Porém, durante o trajeto o piloto teria declarado emergência e, logo depois, não houve mais contato com a torre de controle.   A principal hipótese investigada é a de falha ou mau funcionamento do motor em voo.