Conservação do Solo

Economia circular a favor da conservação do solo

12 de abril de 2019

O descarte incorreto do lixo é uma das principais causas da poluição do solo e pode ser combatida pelo investimento em economia circular

 

 

 

 

São Paulo, dia 15 de abril de 2017 –O dia 15 de abril foi escolhido como o Dia Nacional da Conservação do Solo. A criação da data foi uma iniciativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) com o objetivo de desenvolver um pensamento crítico na população sobre a utilização correta do solo, e traz um importante alerta para empresas e comunidades: a necessidade da gestão de resíduos sólidos para sua preservação. Segundo relatório da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe – 2018), o Brasil ainda tem mais de 3 mil lixões. Considerando que, aproximadamente, 40% de tudo que é enviado para o lixo é reciclável, investir em práticas de reciclagem reduziria o índice de contaminação do solo e também diminuiria o consumo de recursos naturais, como água e matérias primas utilizadas para a produção de novas embalagens.

 
Além do grande impacto causado ao meio ambiente, esta contaminação também afeta a saúde da população e os cofres públicos. O relatório da Abrelpe também mostra que o país gasta R$ 3 bilhões por ano com o tratamento de saúde de pessoas que ficaram doentes por causa da contaminação provocada pelos lixões. Valor somado ao prejuízo causado pelas enchentes, outro problema que tem como uma das principais causas o excesso de lixo gerado pela população e o descarte inadequado. Os sacos de lixo jogados nas ruas podem obstruir bueiros e “bocas de lobo”, intensificando as enchentes e a proliferação de doenças.
 
 
O papel das empresas
 
Cientes do impacto que seus produtos podem causar para as pessoas e para o planeta, alguns dos grandes produtores de bens de consumo vêm investindo em novos materiais, ou em processos mais eficientes de reciclagem e em tecnologias que reduzam os danos causados, principalmente pelas suas embalagens. Para isso, existem especialistas no assunto, como a TriCiclos, empresa referência em engenharia de economia circular aplicada, que desenvolve soluções para as diversas etapas do ciclo de produção, uso e descarte do seu produto.
 
“A economia circular propõe eliminar o conceito de lixo por definição, garantindo a utilização dos recursos pelo máximo de tempo possível e com maior valor agregado. Ou seja, o modelo atual linear (em que extraímos, transformamos, consumimos e descartamos) está fadado ao fracasso. É necessária uma mudança efetiva na forma de desenhar produtos e serviços para que o resultado do consumo possa se tornar o início de um novo ciclo de uso, possibilitando uma economia de recursos naturais, de investimentos na cadeia pós-consumo e de emissões de carbono” explica Daniela Lerario, CEO da TriCiclos no Brasil. “A contaminação do solo e da água é uma grande preocupação, por isso estamos do lado de empresas se importam com o impacto que geram e querem colocar no mercado produtos e serviços mais circulares”.
 
A executiva esclarece ainda que cada embalagem tem sua peculiaridade e as melhores soluções para garantir que ela volte para a cadeia dependem de vários fatores, como sua composição, características do produto embalado e hábitos de consumo. Além de soluções de reciclagem, a empresa também oferece tecnologia de ponta que pode aumentar a reciclabilidade de embalagens.
 
Há dez anos, a TriCiclos coleciona casos de sucesso em vários países da América Latina. Um trabalho concluído em 2018, no Brasil, mostra como iniciativas de empresas conscientes podem obter grandes resultados e envolver a comunidade e o poder público em torno de um objetivo comum: diminuir o impacto causado pela descarte incorreto de embalagens e, consequentemente, evitar a destruição do meio ambiente e riscos para a saúde da população, além de gastos desnecessários com matéria-prima virgem.
 
A campanha “Coleta Premiada”, feita em parceria com a Greco & Guerreiro (desenvolvedora de frascos plásticos situada em Morungaba, SO), tinha o desafio de coletar embalagens de PEAD – de produtos de limpeza, como amaciantes, sabão líquido, água sanitária e lustra móveis, e de higiene, como shampoo e condicionador – para transformá-los em novas embalagens. Foram coletados mais de 16.000 frascos, uma média de 1,2 embalagem por habitante, em um trabalho que levou 2 meses. A iniciativa envolveu o varejo, a população e a prefeitura em prol de uma atitude sustentável, provando que, quando todas as esferas da sociedade se mobilizam, é possível privilegiar uma economia circular.
 
“A TriCiclos acredita que o lixo é um erro de design que pode e deve ser corrigido. A decisão das indústrias de investir em tecnologias e ações de economia circular é fundamental para preservar o meio ambiente e a saúde das pessoas, mas também para o negócio. Afinal, se na hora de decidir de quem comprar tivéssemos a opção de escolher empresas que não poluem o solo e não geram lixo, qual escolha faríamos?” A empresa defende que produtos e embalagens bem projetados jamais se tornarão lixo, pois servem de matéria prima pra novos processos produtivos, fazendo jus ao conceito de economia circular.