Amazônia

Operação da PF mira grupo que extraía e vendia ouro ilegal da Amazônia em MT

26 de setembro de 2019

De acordo com a PF, os alvos da operação são considerados os ‘chefes’ da organização que extraía ouro ilegalmente nos garimpos mato-grossenses e levava para Goiânia.

 

 

Ouro apreendido na Operação Trypes — Foto: Polícia Federal de Mato Grosso/Assessoria

Ouro apreendido na Operação Trypes — Foto: Polícia Federal de Mato Grosso/Assessoria
 
 
 
 
Uma operação para prender um grupo que explorava ilegalmente ouro em Mato Grosso foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (26) em Aripuanã, Alta Floresta, Juína, Nova Bandeirantes e Paranaíta, municípios a 976 km, 800, 737 e 980 km de Cuiabá, respectivamente.
 
A Operação Trypes Operação Trypes tem objetivo de desarticular organização criminosa que atua na extração e comercialização ilegal de ouro da Amazônia Legal.
 
Segundo a Polícia Federal de Mato Grosso, a prisão de dois passageiros que foram flagrados com ouro avaliado em R$ 7 milhões no aeroporto de Aripuanã, em junho deste ano, foi o que motivou a operação.
 
Cerca de 60 policiais federais cumprem 16 mandados de busca e apreensão, dois mandados de suspensão de atividade econômica, dois mandados de bloqueio de contas e seis mandados de prisão preventiva em Aripuanã, Alta Floresta, Juína, Nova Bandeirantes e Paranaíta.
 
Foram apreendidos porções de ouro, dinheiro, armas e documentos.
 
 
Operação da Polícia Federal mira grupo que extraía e vendia ouro ilegal da Amazônia em Mato Grosso — Foto: Polícia Federal de Mato Grosso/Assessoria
 
Operação da Polícia Federal mira grupo que extraía e vendia ouro ilegal da Amazônia em Mato Grosso — Foto: Polícia Federal de Mato Grosso/Assessoria
 
 
 
 
De acordo com a PF, os alvos da operação são considerados os 'chefes' da organização que extraía ouro ilegalmente nos garimpos mato-grossenses e levava para Goiânia.

 

 

 

Operação Trypes — Foto: Polícia Federal de Mato Grosso/Assessoria

Operação Trypes — Foto: Polícia Federal de Mato Grosso/Assessoria
 
 
 
 
As investigações apontam que a comercialização ocorria por meio de um articulado esquema de lavagem de dinheiro, envolvendo emissão de documentos falsos e uso de contas bancárias abertas para esta específica finalidade criminosa.
 
Os presos depois de passarem por exame de corpo e delito serão encaminhados para as cadeias públicas da cidade ou região em que residem.
 
 
 
Arma, dinheiro e ouro apreendido na Operação Trypes — Foto: Polícia Federal de Mato Grosso/Assessoria
 
Arma, dinheiro e ouro apreendido na Operação Trypes — Foto: Polícia Federal de Mato Grosso/Assessoria
 
 
 
 
As ordens judiciais foram expedidas pela 5ª. Vara da Justiça Federal de Mato Grosso e o inquérito corre em segredo de justiça.
 
O nome da operação deriva da palavra grega “trypes” que significa “buracos”. O nome remete à situação em que ficou a região após a ação dos criminosos.
 
Apreensão de ouro
No dia 5 de junho, dois homens foram presos no município de Aripuanã com um carregamento de ouro avaliado em aproximadamente R$ 7 milhões. Os dois suspeitos aguardavam uma aeronave em um aeroporto na zona rural.
 
Próximo da área de pouso havia uma caminhonete Hilux com dois homens do lado de fora, bem próximos ao veículo. Os policiais suspeitaram da situação e decidiram abordá-los.
 

Barras de ouro e armas foram apreendidos com garimpeiro e outro suspeito em Aripuanã — Foto: Polícia Militar de Mato Grosso/Assessoria

Barras de ouro e armas foram apreendidos com garimpeiro e outro suspeito em Aripuanã — Foto: Polícia Militar de Mato Grosso/Assessoria
 
 
 
 
Dentro do carro, em uma caixa de papelão, estava o ouro: precisamente 6,5 kg.
 
Um dos suspeitos, de 34 anos, foi flagrado com uma pistola no bolso e confessou ser o dono do ouro.
 
Ele disse que estava aguardando a aeronave que levaria o ouro, mas não afirmou se seria o avião que os policiais viram.
 
O dono do ouro disse ser proprietário de um moinho – equipamento que faz a moagem das pedras e separação do ouro – dentro de um garimpo na região, mas admitiu não ter nota fiscal do metal e nem registro das armas.