SOCIEDADE
Rock in Rio: Querem salvar a Amazônia, mas não juntam o próprio lixo
30 de setembro de 2019A cada dia são descartados no Rock in Rio mais de 40 toneladas de lixo. Mas os artistas, a plateia e organizadores gritam muito para salvar a Amazonia.
Um balanço realizado pela Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), estatal vinculada à prefeitura carioca, aponta que foram recolhidas 34 toneladas de lixo no primeiro dia do festival Rock in Rio. Deste total, 31 toneladas foram retiradas do interior da Cidade do Rock e o restante na área externa do local do evento.
Mais de 1,1 mil profissionais vão trabalhar na limpeza do evento
Os resíduos recicláveis, que somam quase 13 das 34 toneladas de lixo, estão sendo destinados às cooperativas de catadores credenciadas ela Comlurb nas centrais de triagem nos bairros de Irajá e Bangu. É a segunda edição que a estatal municipal é contratada pela produção do Rock in Rio para executar o serviço de limpeza. Foram disponibilizados 1.143 garis.
A Subsecretaria de Vigilância, Fiscalização Sanitária e Controle de Zoonoses do município (Subvisa) também divulgou relatório dos seus trabalhos no primeiro dia evento. Foram realizadas 65 fiscalizações e quatro estabelecimentos terminaram multados. Uma das autuações foi por alimento sem procedência identificada, que resultou no descarte de 10 quilos de pães.
Outras duas irregularidades apuradas dizem respeito a falta de ponto de água e ausência de lavatório para os trabalhadores. A quarta multa foi aplicada em um restaurante que tinha funcionários que não passaram pelo curso gratuito de capacitação de higiene para manipulação de alimentos, como exige a legislação municipal. A Subvisa informou que o número de infrações foi inferior ao do primeiro dia do último Rock in Rio, ocorrido em 2017, mas não deu detalhes de quantos estabelecimentos foram autuados na ocasião.