Vagalumes

A arte de vagalumear

30 de setembro de 2019

Metáforas, ah! Essas metáforas!

 

 

Sou fascinado por uma bela metáfora. Até mesmo porque não há poesia sem metáfora. Clarice Lispector é a rainha das metáforas. Maravilhosa! Esta figura de linguagem é uma poderosa forma de comunicação. É como a luz do sol: bate n’alma e fica.
 
Incrível, mas uma das mais belas metáforas que já li é de um naturalista e geógrafo alemão chamado Alexander Von Humbolt, fundador da moderna geografia física e autor do conceito de meio ambiente geográfico. [As características da fauna e da flora de uma região estão intimamente relacionadas com a latitude, relevo e clima]
 
Olha a metáfora que Humbolt usou para expressar seu encantamento pelo espetáculo dos vagalumes numa várzea em terras brasileiras.
 
 
 
 
"OS VAGALUMES FAZEM CRER QUE, DURANTE UMA NOITE NOS TRÓPICOS, A ABÓBODA CELESTE ABATEU-SE SOBRE OS PRADOS”.
 
 
Para continuar no mote dos vagalumes (ou pirilampos) tem a música do Jessé “Solidão de Amigos” com a seguinte estrofe:
 
Quando a cachoeira desce nos barrancos 
Faz a várzea inteira se encolher de espanto 
Lenha na fogueira, luz de pirilampos 
Cinzas de saudades voam pelos campos.
 
Lindo demais!  É a arte de vagalumear.