Folha do Meio Ambiente

 

 

Em março de 2020, chegam ao Brasil 50 exemplares da ararinha-azul repatriadas da Alemanha. A informação foi repassada ao presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Homero Cerqueira, durante a visita dos representantes da Association for the Conservation of Threatend Parrots (ACTP), que mantém as aves.

 

 

 

 

 

 

O repatriamento das aves faz parte de um Acordo de Cooperação Técnica entre o ICMBio e a ACTP. As ararinhas serão levadas para o Refúgio de Vida Silvestre da Ararinha-Azul, unidade de conservação criada no ano passado, em Curaçá, na Bahia, especialmente para receber as aves. O local é habitat histórico da espécie, considerada extinta na natureza desde 2000, após ser alvo durante anos de caçadores e traficantes de animais.

 

 

ADAPTAÇÃO EM VIVEIRO

 

 

 

 

Depois de um período de adaptação em viveiro, elas serão, enfim, soltas na natureza, concretizando um sonho acalentado há anos pelos integrantes do Projeto de Reintrodução da Ararinha-Azul, coordenado pelo ICMBio e executado com a ajuda de parceiros do Brasil e do exterior. Atualmente, existem apenas 177 exemplares da ave em cativeiro no mundo, sendo 22 no Brasil. “É um feito inédito e importante para biodiversidade brasileira”, destacou o presidente do ICMBio.

 

 

REFÚGIO EM JUAZEIRO E CURAÇÁ

 

 

 

 

Em 2018, no Dia Mundial do Meio Ambiente em 5 de junho, o presidente Michel Temer editou um decreto para criar a Área de Proteção Ambiental (APA) e o Refúgio de Vida Silvestre (Revis) para reintegração da ararinha-azul na natureza, considerada extinta. Segundo o Instituto Chico Mendes (ICMBio), o Refúgio, que tem área aproximada 29.986 hectares. A Área de Proteção tem aproximadamente 89.996 hectares. Está localizada nos municípios de Juazeiro e Curaçá, na Bahia. A ararinha-azul é originária da região de Curaçá, no mesmo Estado, e teve sua população dizimada principalmente devido ao tráfico de animais.