Era o Dia dos Namorados,12 de junho, quando foi selado pelas autoridades brasileiras o destino no navio cargueiro Stellar Banner da armadora Polaris Shipping, da Coreia do Sul. O navio, carregado com minério de ferro para exportação, encalhou na Baía de São Marcos – Maranhão – em 26 de fevereiro. Após retirada do… Ver artigo
Era o Dia dos Namorados,12 de junho, quando foi selado pelas autoridades brasileiras o destino no navio cargueiro Stellar Banner da armadora Polaris Shipping, da Coreia do Sul. O navio, carregado com minério de ferro para exportação, encalhou na Baía de São Marcos – Maranhão – em 26 de fevereiro. Após retirada do carregamento houve uma reflutuação parcial, finalizada na madrugada de 3 de junho. Aí a embarcação foi rebocada para uma área afastada da costa, a 150 km da costa maranhense. Nesse local, inspeções acompanhadas pela Marinha confirmaram que o navio não tinha mais condições de navegação devido às inúmeras avarias decorrentes do encalhe.
O navio cargueiro Stellar Banner encalhado na Baía de São Marcos. Para o alijamento, foram retiradas as quantidades de óleos e de resíduos oleosos que permaneciam a bordo desde a reflutuação.
Após três meses encalhado, o navio mercante sul-coreano Stellar Banner foi afundado às 10h de sexta-feira (12), na costa do Maranhão. A operação foi iniciada às 5h e os procedimentos transcorreram como planejados pelas autoridades ambientais.
A Marinha do Brasil, por meio do Comando do 4º Distrito Naval (Com4ºDN), analisou os relatórios preliminares da armadora Polaris Shipping, proprietária do Navio Mercante Stellar Banner, sobre as inspeções estruturais realizadas por representantes da sociedade classificadora do navio, com apoio de mergulhadores e de veículo submarino operado remotamente (Remotely operated underwater vehicle – ROV), apontando que o graneleiro deveria ser alijado (afundado) em águas profundas, a cerca de 150 quilômetros da costa maranhense.
SEM RISCOS À VIDA MARINHA
Para o alijamento, foram retiradas as quantidades de óleos e de resíduos oleosos que permaneciam a bordo desde a reflutuação. A parte da carga, que ficou no navio, não oferece riscos à vida marinha e à vida humana e permaneceu em concordância com as autoridades ambiental e marítima do Brasil.
Durante o afundamento, equipamentos monitoraram todo o processo, a fim de que se evitasse eventuais impactos ambientais. O AHTS (Anchor Handling Tug Supply) Bear, o OSRV (Oil Spill Response Vessel) Água Marinha, o OSV (Offshore Support Vessel) Normand Installer e o Navio-Patrulha “Guanabara” permaneceram em ação acompanhando todo o desenrolar da ação.
IMPACTOS AMBIENTAIS
Durante a manobra, o Ibama utilizou aeronave especializada na detecção de óleo no mar. No período da tarde, foram detectados 200 litros de óleo na superfície. Tendo em vista as correntes marítimas da região, não é esperado que qualquer volume de óleo chegue à costa brasileira, conforme modelagem de dispersão de óleo elaborada pela ITOPF, associação internacional especializada em derramamentos de óleo, com sede em Londres, na Inglaterra.
Além do volume de óleo vazado, que se dispersa rapidamente em ambiente, estima-se que os impactos ambientais estão limitados ao local imediato em que a embarcação assentou. Outros materiais potencialmente poluentes, como tintas e baterias, foram removidos antes do afundamento.
O que restou de minério de ferro não traz impactos ambientais decorrentes da presença dele no fundo do mar.
As imagens são impressionantes: em menos de 2 minutos, toda a estrutura de um verdadeiro “gigante do mar” é engolida no meio do oceano Atlântico, na costa maranhense.