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Nascimento de milhões de tartarugas é registrado no Vale do Guaporé em RO

2 de dezembro de 2020

Uma tartaruga rara com coloração diferente foi encontrada por voluntários em um dos ninhos. A expectativa é que quatro milhões de filhotes cheguem ao rio.

Por Rede Amazônica

Tartarugas põem ovos em ninhos na Praia Alta, no rio Guaporé; filhotes nascerão em dezembro próximo. (Foto:Frank Néry/Gov.RO)

 

Milhares de tartarugas 'invadem' praias para desova em Costa Marques |  Rondônia | G1

Cerca de 3,5 milhões de tartarugas estarão nascendo em dezembro, diz Setur (Foto: Rosinaldo Machado/Divulgação)

 

Teve início em São Francisco do Guaporé (RO), região de fronteira com a Bolívia, o período de nascimento das tartarugas. A expectativa é que quatro milhões dos pequenos quelônios consigam chegar ao rio Guaporé.

A estiagem ajudou e com a pouca chuva na região os berçários das tartarugas não foram atingidos pela água, permitindo que os filhotes deixassem a areia por conta própria, como explica o presidente da Associação Comunitária Quilombola e Ecológica do Vale do Guaporé (Ecovale), Zeca Lula.

 

Tartarugas desovam às margens do São Francisco do Guaporé.  — Foto: Divulgação/Ecovale

Tartarugas desovam às margens do São Francisco do Guaporé. — Foto: Divulgação/Ecovale

 

“Esse ano com a pouca chuva, e o rio não conseguiu encher ainda, todas as praias estão de fora, a eclosão vai ser total. Todos os filhotes serão aproveitados”.

E para as equipes que trabalham com o salvamento das tartarugas, o ano de 2020 veio com uma surpresa: um filhote de coloração diferente foi encontrado em um do ninhos. O pequeno não é albino, mas é raro na região, tendo sido o segundo encontrado em mais de 20 anos.

“Para ser albino, já que há essa falta de pigmentação geral, ela também precisa ter os olhos vermelhos. Animais albinos têm olhos vermelhos. Nesse caso é muito mais provável que seja um animal com leucismo, que também é uma anomalia cromática, que faz com que o animal venha sem melanina, porém, os olhos continuam com a coloração normal”, explica o biólogo Saymon Albuquerque.

O monitoramento é realizado pelos voluntários em seis praias e tem como objetivo auxiliar os filhotes e coibir o tráfico internacional das tartarugas. A soltura dos filhotes, evento simbólico que marca o final da eclosão, acontece ainda neste mês de dezembro.

 

Ovos não enterrados são alvo fácil de jacarés, gaivotas, urubus, gaviões e outros pássaros predadores. (Foto:Frank Néry/Gov.RO)

 

Informações : NASCIMENTO DE TARTARUGAS NO VALE DO GUAPORÉ

A expectativa é que mais de quatro milhões de filhotes consigam ir pra natureza

Imagens: ECOVALE