Debates sobre economia de energia devem considerar alternativas para iluminação pública
27 de julho de 2021Ameaça de crise energética reforça a necessidade de alternativas econômicas como a tecnologia LED, que reduz o consumo em até 50%
O Brasil volta a viver a ameaça de uma nova crise energética com a possibilidade de apagões e racionamento em diversas regiões, devido à falta de chuva nos reservatórios. Segundo a atualização da Organização Nacional do Sistema Elétrico (ONS) no dia 21 de julho, o nível do subsistema Sudeste/Centro-Oeste naquele momento era de 27,19% de EAR (Energia elétrica associada a volumetria armazenada no reservatório), com volume útil de Furnas de 26,41%.
Diante deste cenário, reforçam-se os debates para os investimentos tanto em fontes alternativas de energia quanto em soluções mais eficientes de iluminação. A aposta na tecnologia em LED é um exemplo e tem chamado a atenção dos governos para atendimento dos parques públicos. Isto porque, dentre as vantagens que envolvem segurança e menor impacto ao meio ambiente, está a redução de consumo em 50%, proporcionando economia considerável.
Para Ivan Romão, gerente da Expolux, evento referência em iluminação na América Latina. A busca por eficiência é constante, mas se torna mais urgente pelo contexto. “O mercado já dispõe de soluções interessantes para a iluminação urbana, mas é preciso conectá-las às necessidades atuais”, explica.
Viabilização da troca
As parcerias público-privadas (PPPs) vêm crescendo como forma de viabilização da troca nos parques públicos, servindo desde grandes centros, como Rio de Janeiro (RJ), até municípios de regiões metropolitanas, como Santo André e São Caetano (SP), que estão em processo de substituição das lâmpadas tradicionais por luminárias de LED.
Dados da Associação Brasileira da Indústria da Iluminação (Abilux) apontam que dos 19 milhões de pontos de iluminação pública no Brasil, aproximadamente 3,8 milhões já possuem LED, o que equivale a 20% do total. Só a capital paulista, já havia trocado mais de 270 mil pontos de luz por iluminação de LED até o mês de abril, o que representa 42% do parque municipal, conforme divulgou a Prefeitura.
Ainda de acordo com a Abilux existe, no Brasil, grande capacidade instalada de indústrias que produzem luminárias LED, o que permitiria que todos os municípios migrassem para este tipo de equipamento nos próximos cinco anos.
Repensar o consumo de iluminação e os tipos de lâmpadas também faz parte do conceito de cidades inteligentes, que visa proporcionar melhor qualidade de vida aos cidadãos por meio da modernização dos espaços e serviços urbanos. Além das luzes de LED, outras tecnologias podem ajudar, como o investimento em equipamentos alimentados a energia solar e o acionamento de luzes por presença.
Diante da situação de crise energética, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) ajustou a bandeira tarifária para o nível vermelho no início de julho. Além da elevação no valor das contas de luz impactar nos bolsos dos brasileiros, a possibilidade de falta de energia elétrica afeta diversos setores da atividade econômica, comprometendo as estimativas de recuperação.
A Expolux, como grande ponto de conexão da cadeia de iluminação na América Latina, está acompanhando todos estes movimentos, inclusive dedicando um espaço na Expolux Digital Week, evento on-line marcado para o mês de agosto, para discutir “A Importância do LED na Iluminação Pública”. A palestra, que acontecerá no dia 11, às 17h, terá a participação do engenheiro eletricista José Gimenes, formado pela FEI-SP e especializado em indústrias de produtos para iluminação pública, além de ter atuado em projetos de eficiência e gestão para municípios.
Mais informações em www.expolux.com.br.