meio ambiente

Dia Mundial de preservação às florestas reforça urgência da responsabilidade ambiental

16 de julho de 2021

Brasil lidera o ranking de desmatamento e mostra necessidade de alinhamento às políticas ambientais

 

Dra. Cristiana Nepomuceno de Sousa Soares, presidente da Comissão de Direito de Energia da AOB de Minas Gerais
Divulgação

 

 

Comemorado em 17 de julho, o Dia Mundial de preservação às florestas reforça a necessidade da responsabilidade ambiental, principalmente, no Brasil. Neste ano, a pandemia e o isolamento social trouxeram à tona o tema frequentemente discutido na agenda global: a preservação ambiental. Porém, é no oposto desse movimento, que o Brasil caminha, já que, de acordo com dados da plataforma Global Forest Watch, o país é líder em desmatamento florestal.

A data chama atenção para uma problemática atual e urgente do Brasil: o desmatamento. De acordo com dados preliminares do governo, o país registra pelo quarto mês consecutivo, aumento no desmatamento da Amazônia. Só no mês de junho, os índices apresentaram um aumento de 1,8%, quando comparados ao mesmo período do ano passado.

Com cada vez mais desmatamento e menos conscientização sobre a preservação, a advogada e bióloga, Cristiana Nepomuceno, alerta que a credibilidade do Brasil em temas relacionados às pautas ambientais se perde. “A responsabilidade ambiental é um dever de todo cidadão. Não é mais possível conviver com a alta poluição e  com o desmatamento de áreas, é preciso alinhar, na prática, o discurso de um país sustentável”.

Crise ambiental

O Brasil perdeu metade da cobertura original do Cerrado. O prejuízo significativo está ligado à falta de fiscalização e preservação das áreas ambientais, já que apenas 12% do bioma está em territórios protegidos por lei. Esse fato reafirma a importância das ações para diminuição dos impactos humanos nocivos à natureza, bem como traz diversas áreas correlatas ao tema, como tecnologia, saúde e economia.

“O desmatamento e a constante degradação ambiental reflete diretamente na vida humana. O Brasil  possui um amplo regime de leis, mas é preciso que as regras se tornem efetivas e busquem a real conscientização de que as pautas ambientais são urgentes e podem mudar o futuro das gerações”, finaliza a bióloga.

Sobre a Dra. Cristiana Nepomuceno de Sousa Soares

É graduada em Direito e Biologia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, em Belo Horizonte. Pós-Graduada em Gestão Pública pela Universidade Federal de Ouro Preto- MG. Especialista em Direito Ambiental pela Universidade de Alicante/Espanha. Mestre em Direito Ambiental pela Escola Superior Dom Helder Câmara.

Foi assessora jurídica da Administração Centro-Sul da Prefeitura de Belo Horizonte, assessora jurídica da Secretaria de Minas e Energia- SEME do Estado de Minas Gerais, consultora jurídica do Instituto Mineiro de Gestão das Águas- IGAM, assessora do TJMG e professora de Direito Administrativo da Universidade de Itaúna/MG. Atualmente é presidente da Comissão de Direito de Energia da OAB/MG.