“A ciência é a garantia de um futuro verde”, diz ministro Joaquim Leite em lançamento de sistemas para controle de poluentes
8 de outubro de 2021Em “live” com o ministro de Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, o ministro do Meio Ambiente conheceu a plataforma Adapta Brasil e o simulador de cenários climáticos no país
Foto: Wesley Sousa (ASCOM/SEAPC/MCTI)
Oministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, foi o convidado especial do programa de bate-papo do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), comandado pelo chefe da pasta e astronauta Marcos Pontes. O encontro marcou o lançamento de ferramentas para mapear riscos e nortear ações contra o desmatamento ilegal e a emissão de gases poluentes na atmosfera.
Um dos anúncios feitos pelo MCTI é a expansão da plataforma Adapta Brasil. Agora, o sistema permite que prefeituras, pesquisadores e população fiquem de olho nas condições hídricas, energéticas e alimentares em cada um dos mais de 5,5 mil municípios brasileiros. Antes, o acesso era restrito a uma parte da região Nordeste.
Por esse “raio-x”, é possível identificar localidades onde vai chover mais do que outras, tanto atualmente quanto no futuro. Se o sistema prevê uma escassez de água em determinada região em 2030, fica mais fácil planejar ações de curto, médio e longo prazos que evitem uma crise.
Para o ministro Joaquim Leite, ainda que o setor ambiental receba recursos financeiros de incentivo à chamada “economia verde”, sem tecnologia não há avanços significativos. “A ciência e essas ferramentas vão trazer eficiências. O resultado será uma nova economia com geração de ‘empregos verdes’. Sem a ciência é impossível que isso seja feito”, afirmou.
COP26
Durante a live, o ministro do Meio Ambiente falou sobre a participação do Brasil na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP26), em novembro, e destacou o Programa de Crescimento Verde, aposta do governo para neutralizar a emissão de carbono até 2050.
Sobre o compromisso com as questões climáticas, Leite enfatizou que a responsabilidade pela redução de poluentes é de todos. “Cada região brasileira teve uma responsabilidade pelas emissões [de gases de efeito estufa] históricas e pelo desenvolvimento econômico”, disse.
Por outro lado, segundo o ministro, é preciso reconhecer que há locais ainda em desenvolvimento, que não oferecem riscos. “Talvez, desenhar uma política de crescimento verde para esse território seja diferente de outra região que já se industrializou”, explicou.
Pacote de anúncios
Além do Adapta Brasil, o ministro Marcos Pontes lançou o Inventário Nacional de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa, relatório detalhado sobre o quê e onde concentram os maiores poluentes. O levantamento é dividido em cinco áreas: agropecuária, uso da terra, processos industriais, energia e resíduos.
O cálculo é feito com base na atividade produtiva — no agro, são avaliados o número de cabeças de gado, o gênero, a idade, o manejo e a raça – e o fator de emissão de gases – o animal emite determinada quantidade de metano por ano, por exemplo.
Outro sistema lançado nessa terça-feira é o Simulador Nacional de Políticas Setoriais e Emissões (Sinapse), que dá diferentes cenários para determinada situação. Ele consegue mostrar, por exemplo, quanto o país reduziria na emissão de gases poluentes se contasse apenas com a energia eólica e ainda permite a simulação de um cronograma para cumprimento da meta.
Ascom MMA