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Câmara debate projetos de fortalecimento do turismo no Lago Paranoá

12 de novembro de 2021

  Foto: Reprodução/TV Câmara Distrital   GDF pretende criar duas marinas públicas, uma no Setor de Clubes Sul, próximo ao clube da Associação de Servidores do STJ, e outra no Lago Norte, nas proximidades do Parque das Garças A Câmara Legislativa promoveu na tarde desta quinta-feira (11) uma comissão geral para debater a situação do… Ver artigo

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Foto: Reprodução/TV Câmara Distrital

GDF pretende criar duas marinas públicas, uma no Setor de Clubes Sul, próximo ao clube da Associação de Servidores do STJ, e outra no Lago Norte, nas proximidades do Parque das Garças

 

GDF pretende criar duas marinas públicas, uma no Setor de Clubes Sul, próximo ao clube da Associação de Servidores do STJ, e outra no Lago Norte, nas proximidades do Parque das Garças

A Câmara Legislativa promoveu na tarde desta quinta-feira (11) uma comissão geral para debater a situação do turismo e a infraestrutura náutica no Distrito Federal, por iniciativa da deputada Júlia Lucy (Novo). Durante o encontro, foram apresentados e discutidos três projetos de incremento do turismo no Lago Paranoá: construção de duas marinas públicas, implementação de uma prainha no Lago Norte e a criação de um complexo gastronômico embaixo da ponte do Bragueto.

Os projetos foram apresentados por representantes das secretarias de Turismo e de Projetos Especiais do GDF. A deputada Júlia Lucy destacou que o Lago tem potencial para ser mais bem explorado, respeitando o meio ambiente. Ela ressaltou a importância do Lago para o equilíbrio do clima e como patrimônio público da sociedade.

 

 

O secretário executivo da secretaria de Turismo, Rodrigo Costa, apontou o turismo náutico como uma das plataformas estratégicas do órgão. Segundo ele, os projetos são oriundos de um estudo de inventário turístico do Lago Paranoá, produzido em 2019, e já apresentado ao ministério do Turismo e à Embratur.

Costa informou que a apresentação do inventário gerou um impacto muito grande, “pois poucas pessoas sabem de tudo que está disponível nas margens do Lago”. “O estudo traz uma estratificação do Lago e mostra uma série de segmentos que podem ser explorados gerado emprego e renda, como turismo gastronômico, turismo esportivo, turismo religioso, turismo de contemplação, turismo arquitetônico, turismo de natureza e de aventuras, turismo inclusivo, turismo de entretenimento, entre outros”, explicou o secretário.

Situação dos projetos 

Um técnico da secretaria de Projetos Especiais apresentou a situação atual dos três projetos. A previsão é a de criação de duas marinas públicas, uma no Setor de Clubes Sul, próximo ao clube da Associação de Servidores do STJ, e outra no Lago Norte, nas proximidades do Parque das Garças. As duas encontram-se em fase de análise de viabilidade técnica. Em seguida, empresas interessadas serão autorizadas a realizar estudos que demonstrarão como os projetos poderão ser implantados, se pelo governo, concessão ou parceria público privada. Quando autorizadas, as empresas interessadas terão 90 dias para fazer o estudo.

Já no caso da Prainha, duas empresas já estão finalizando os estudos, que devem ficar prontos no final da próxima semana. A área fica entre as quadras ML 5 e ML 6 do Lago Norte. Após a apresentação dos trabalhos, uma comissão técnica do governo vai analisar e definir a forma mais benéfica para o GDF contratar o projeto.

O Complexo Gastronômico do Bragueto está na fase de análise da documentação recebida das empresas interessadas em aprofundar os estudos do projeto e verificação dos aspectos ambientais. A ideia é criar uma área para restaurantes, cafeterias, lazer e comércio embaixo da ponte.

 

 

O deputado Roosevelt Vilela (PSB), presidente da Frente Parlamentar de Atividades Náuticas e que atuou como bombeiro no Grupo de Busca e Salvamento no Lago, classificou o debate do tema como muito importante para a cidade. Ele enfatizou, no entanto, que os projetos devem levar em consideração a segurança dos usuários. Apontou também a falta de sinalização das atividades náuticas permitidas em cada ponto do Lago. Vilela ainda se prontificou a colaborar com as ideias e disse que os Bombeiros e a Capitania dos Portos também têm muito a contribuir.

Marcelo Cunha, presidente da Associação Náutica das Marinas do DF, defendeu uma maior participação dos clubes e da cadeia produtiva náutica nas propostas das marinas públicas. E cobrou mais atenção do poder público e melhorias na área da Concha Acústica, muito usada por praticantes de jet-ski. Rodrigo Costa garantiu que após os estudos preliminares, todos os setores envolvidos serão ouvidos.

 

 

João Carlos Bertolucci, presidente da Associação Náutica, Esportiva e do Turismo de Brasília (Asbranaut), explicou o projeto Boulevard Náutico, defendido pela instituição, que consiste na construção de um atracadouro público para embarque e desembarque de passageiros. Segundo ele, o turismo náutico tem crescido nos últimos anos, mas enfrente dificuldades por causa da falta de infraestrutura, como por exemplo a inexistência de atracadouros.

Atualmente, os embarques são feitos somente no píer do Pontão. Bertolucci assinalou que o Lago conta com 80 km de margens, 50 embarcações circulando e mais de 20 mil passageiros de turismo. Além disso, o DF tem a quarta maior frota náutica do País.

Luís Cláudio Alves – Agência CLDF