A FOTO PREMIADA

A ONÇA CINZENTA

1 de janeiro de 2022

AINDA OS INCÊNDIOS FLORESTAIS NO PANTANAL

Silvestre Gorgulho

 

UMA ONÇA PRETA? UMA ONÇA CINZENTA?

NÃO, APENAS UMA ONÇA PINTADA MANCHADA COM AS CINZAS DAS QUEIMADAS NO PANTANAL.

 

Esta foto do dentista Ernane Junior foi premiada no Wildlife Photografher of the Year, considerado um ‘Oscar da fotografia’.

 

AUTOR: ERNANE JÚNIOR, um dentista matogrossense de Várzea Grande que tem como hobby fotografar o Pantanal nos fins de semana.

LOCAL: a foto foi tirada às margens do rio Três Irmãos, no Parque Estadual Encontro das Águas, na região do Porto Jofre.

DETALHE: Ernane Junior, 40 anos, conta: “Estava anoitecendo, quando avistei uma “onça preta”. Pedi para o barco voltar. Na hora eu estranhei porque sei que no nosso pantanal mato-grossense não tem dessa espécie. Não é que a onça-pintada se salvou de um incêndio florestal e teve a ousadia de se rolar nas cinzas da queimada?”

PREMIAÇÃO –  Esta foto do dentista Ernane Junior foi premiada no Wildlife Photografher of the Year, considerado um ‘Oscar da fotografia’.

 

A ONÇA PINTADA

A onça-pintada é o maior felino das Américas. Espécie emblemática das matas brasileiras, a onça é importante para as ações de conservação. Segundo técnicos do WWF, por estar no topo da cadeia alimentar e necessitar de grandes áreas preservadas para sobreviver, esse animal o mesmo tempo temido e admirado que habita o imaginário das pessoas é um indicador de qualidade ambiental. A ocorrência desses felinos em uma região indica que ele ainda oferece boas condições que permitam a sua sobrevivência.

 

Técnicos da Embrapa Pantanal explicam que as crescentes alterações ambientais provocadas pelo ser humano. assim como o desmatamento, as queimadas e a caça aos animais silvestres são as principais causas da diminuição da população de onças no Brasil.
Para os ambientalistas, reduzir essas ameaças é fundamental para garantir a sobrevivência da onça-pintada e a integridade dos ecossistemas.

As queimadas e os incêndios florestais em agosto e setembro de 2020, quando foram registrados quase 30 mil focos de fogo na Amazônia e houve o maior número de queimadas no Pantanal, foram trágicos para fauna e fora, segundo dados do Programa de Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.