Tecnologia

BIOECONOMIA

1 de janeiro de 2022

QUAL O SEU PAPEL NO DESENVOLVIMENTO?

Silvestre Gorgulho

 

Bioeconomia é uma parte da economia que utiliza novos conhecimentos biológicos com propósitos comerciais e industriais para a melhoria do bem-estar humano.

 

A bioeconomia tem tudo para ser o futuro do desenvolvimento do Brasil. O Brasil conta com vantagens comparativas capazes de proporcionar excelentes oportunidades nesse campo. Sua enorme biodiversidade é fonte importante para a obtenção de vários materiais para a produção, como biomassa, corantes, óleos vegetais, gorduras, fitoterápicos, antioxidantes e óleos essenciais.

Esses itens são matérias-primas para diversos setores industriais, a exemplo de produtos de higiene e limpeza, alimentos, bebidas, fármacos e cosméticos.

BIOECONOMIA NA PAUTA DA EMBRAPA

Segundo a Embrapa, a bioeconomia é um modelo de produção industrial baseado no uso de recursos biológicos. O objetivo é oferecer soluções para a sustentabilidade dos sistemas de produção com vistas à substituição de recursos fósseis e não renováveis. No Brasil, o termo é novo, mas a ciência não. Na verdade, a bioeconomia já é realidade no País desde a década de 1970, quando foi criado o Programa Nacional do Álcool (Proálcool). Graças a essa iniciativa, surgida na época para enfrentar a crise mundial do petróleo, o Brasil é hoje o segundo maior produtor mundial de etanol e o maior exportador mundial.

DIFERENÇA: ONTEM E HOJE

A principal diferença da bioeconomia atual em relação à do passado é o uso intensivo de novos conhecimentos científicos e tecnológicos, gerados a partir de áreas de ponta como a biotecnologia industrial, genômica, biologia sintética, bioinformática, química de renováveis, robótica, tecnologias de informação, nanotecnologia, entre outras. Vale destacar também que o potencial da bioeconomia não se restringe à produção de bioenergia.

Assim, a bioeconomia envolve também a produção de plásticos biodegradáveis, biopolímeros, biopesticidas, pigmentos, alimentos funcionais e biofortificados até medicamentos, fragrâncias e cosméticos.  Com os avanços da biologia sintética e a enorme riqueza natural brasileira, a tendência é que surjam cada vez mais biofármacos, bioinsumos e bioprodutos.

O biólogo Kevin Kumala, da Indonésia, desenvolveu uma sacola de plástico feita de mandioca. Já está disponível no mercado. Além de biodegradável, ela desmancha em contato com a água e pode servir de alimento para os peixes.