O QUEIJO GARRAFÃO QUE NASCE NOS CAMPOS DE MINAS GERAIS
1 de janeiro de 2022O queijo Garrafão que encantou os franceses no Festival Mundial do Queijo, em Tours – França.
Rita de Cássia é professora de formação e faz o melhor queijo parmesão do mundo. Rita de Cássia é nora do senhor Darci, que foi um dos primeiros queijeiros de Alagoa-Sul de Minas. Rita é casada há 10 anos com Marcos Rodrigo, o Marquinhos, filho do senhor Darci, e que como o pai é um produtor rural. Rita de Cássia e Marquinhos são responsáveis pela produção do queijo Garrafão nas terras altas da cidade de Alagoa – Sul de Minas Gerais. E o bairro que deu o nome ao queijo que foi premiado no Festival Mundial do Queijo, em Tours, na França.
O Túnel do Garrafão está localizado a 1.800 metros de altitude e possui atrativos turísticos como os passeios ao mirante do Vale das Araucárias e o Pico do Santo Agostinho que está localizado a 2.359 metros de altitude.
Marquinho e Rita de Cássia: O bairro Garrafão está localizado a 1.800 metros de altitude e possui atrativos turísticos como os passeios ao mirante do Vale das Araucárias, o Túnel do Garrafão e o Pico do Santo Agostinho que está localizado a 2.359 metros de altitude.
PREMIAÇÕES NACIONAIS E INTERNACIONAIS
Rita e Marcos trabalham juntos desde o começo, de segunda a segunda, sem dias de descanso, férias ou feriados e nessa lida são reconhecidos por produzirem o queijo na maior altitude dentre todos os queijos produzidos na cidade. O queijo produzido por eles foi premiado muitas vezes e em muitos lugares. Tem a medalha Super Ouro no concurso de melhor queijo de Alagoa em 2019, além de duas medalhas de ouro no V Prêmio Queijo Brasil. Em setembro, foi premiado no Bianual Mondial du Fromage, de TOURS, na França.
Primeira pergunta feita por um participante do júri, à fazendeira:
– O que comem suas vacas para você produzir um queijo tão gostoso?
– Comem o segredo deixado pelo meu sogro, o senhor Darci, que foi um dos primeiros queijeiros de Alagoa e que se viu obrigado a produzir o próprio queijo devido à distância da sua propriedade em relação ao antigo laticínio da cidade. Comem também o clima e as pastagens de Alagoa, uma cidade cercada por serras e montanhas e parte do seu território está inserida no Parque Estadual da Serra do Papagaio o qual abriga importantes remanescentes da Mata Atlântica mineira.
Rita de Cássia, casa com o produtor rural Marquinhos, é nora do senhor Darci, que foi um dos primeiros queijeiros de Alagoa-Sul de Minas.
CURSO SUPERIOR DE FROMAGER
Para os que querem tornar-se verdadeiros especialistas em queijos, existe uma nova licenciatura lecionada pela Universidade François Rabelais, em Tours, e pelo Instituto Europeu de História e das Culturas da Alimentação. É o CURSO SUPERIOR DE FROMAGER. Essa formação propõe programas e módulos adaptados às demandas e necessidades dos estudantes. Alguns módulos de formação podem mesmo ser realizados on-line.
O CURSO SUPERIOR DE FROMAGER tem um amplo programa de disciplinas como história e geografia do património leiteiro e queijeiro e das indústrias de queijos; antropologia do consumo de queijos e sociologia da alimentação, marketing, comercialização, entre outras.
UNIVERSO DA QUEIJARIA
Ninguém esquece quando, em 1958, Charles de Gaulle, então primeiro-ministro da França, exclamou a emblemática frase “Como alguém pode governar uma nação que tem 246 tipos de queijo?”. E nesses mais de 50 anos aconteceu um fenômeno: este número de tipos de queijo dobrou. Hoje são mais de mil tipos de queijo produzidos em território francês. Um verdadeiro universo de sabores para agradar o paladar dos franceses, os maiores consumidores mundiais (mais de 27 quilos de queijo por pessoa por ano, segundo a International Dairy Federation), e também o de seus fãs étrangers de qualquer nacionalidade.
E o Brasil, especialmente Minas Gerais, correm atrás desses recordes produzindo queijos artesanais admirados aqui e d’além mar.
Vale lembrar que na França e no Sul de Minas (Mantiqueira e outras regiões como Serra da Canastra) o queijo artesanal é um produto feito a partir de leite cru, ou seja, que não passam por processo de pasteurização. Após a curadoria do “fromager”, tanto na França como no Brasil, grande parte dos queijos também passa por processo de maturação em locais especiais da própria fazenda.
CONTATO
Para ver um filme da fazenda:
Marcos Rodrigo de Menezes (35) 9 9942 0448