Amazônia

1,3% dos alertas do Ibama geram autuações ou embargos de terras na Amazônia

10 de fevereiro de 2022

Dados foram divulgados nesta quinta-feira (10) pelo Instituto Centro de Vida e são resultado de cruzamento dos alertas de desmatamento e ações do Ibama.

Por g1

 

Desmatamento na Amazônia chegou a 13 mil km²  — Foto: Jornal Nacional/ Reprodução

Desmatamento na Amazônia chegou a 13 mil km² — Foto: Jornal Nacional/ Reprodução

 

 

Se o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) receber 100 alertas de desmatamento ilegal na Amazônia, ele conseguirá autuar ou embargar a área de apenas 1 responsável.

Essa falta de fiscalização é demonstrada em um estudo publicado nesta quinta-feira (10), realizado pelo Instituto Centro de Vida (ICV). Segundo o levantamento, apenas 1,3% dos alertas do Ibama entre 2019 e 2020 apresentaram algum resultado, com autuações ou embargos.

Sobre o estudo:

Os pesquisadores analisaram dados da Amazônia, levando em consideração os nove estados: Pará, Mato Grosso, Maranhão, Rondônia, Amazonas, Tocantins, Acre, Roraima e Amapá.

O conjunto de dados utilizou o cruzamento dos alertas de desmatamento emitidos pela plataforma Mapbiomas, que leva em consideração as informações geradas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), com os processos de responsabilização e autos de infrações emitidos por órgãos públicos.

Ao cruzar alertas de desmatamento com as ações do Ibama, o ICV concluiu que apenas 1,3% dos casos foram efetivos. Quando a mesma análise é feita em relação às ações civis públicas interpostas pelo Ministério Público Federal (MPF), o índice cai para 1,15%.