Ministro do Meio Ambiente visita projetos de geração de energia a partir do reaproveitamento de resíduos
12 de março de 2022Joaquim Leite conheceu de perto soluções inovadoras que reduzem emissões de metano na atmosfera e ainda transformam resíduos de propriedades urbanas e rurais em energia, combustível e biofertilizantes.
Instalações de uma cooperativa em Santa Helena (PR) que já evitou a emissão de mais de 1,7 milhão de metros cúbicos de metano na atmosfera ao converter biomassa em energia elétrica. Foto: Divulgação/MMA
quarta e quinta-feira (9 e 10), cidades do oeste do Paraná que estão fazendo o dever de casa quando o assunto é gerar energia limpa e mais barata a partir de resíduos, evitando emissões de gases de efeito estufa como o metano. “Aquilo que era resíduo está se transformando em energia e em combustível: em biogás, que vira energia e pode ser jogado na rede, ou biometano, que pode ser transformado em combustível para veículos pesados, como tratores e caminhões. A oportunidade da região é gigantesca. É uma grande solução climática”, destacou o ministro.
Em Cascavel, o ministro visitou um aterro sanitário construído com todos os dispositivos para drenagem de gás. Todo chorume é tratado e a decomposição dos resíduos se transforma em energia gerada através do biogás. Em Toledo, Ouro Verde do Oeste, Entre Rios do Oeste e Santa Helena, Joaquim Leite conheceu projetos de geração de energia a partir de resíduos produzidos em propriedades rurais. Produtores e cooperativas investiram, por exemplo, na construção de usinas que transformam carcaças de aves e suínos em energia. “Os produtores rurais estão investindo recursos e lucram com essa atividade. São soluções lucrativas para o produtor e ambientalmente corretas”, ressaltou Joaquim Leite.
A deputada federal Aline Sleutjes, que acompanhou o ministro durante visita às cidades paranaenses, falou do esforço do setor agropecuário na busca de soluções para uma produção cada vez mais sustentável. “Estamos criando alternativas e possibilidades para que os nossos empresários, nossas prefeituras, nossas cooperativas possam fazer investimentos verdes e que geram emprego, renda, desenvolvimento e, principalmente, com cuidado e com zelo ao nosso meio ambiente, provando que agro e meio ambiente andam juntos”, afirmou a deputada.
Para o secretário adjunto de Clima e Relações Internacionais do MMA, Marcelo Freire, projetos como estes mostram que o país está alinhado com o crescimento verde e com uma visão ambiental que busca soluções de desenvolvimento sustentável. “Estamos fomentando a enorme oportunidade de aproveitamento de biometano e biogás como combustível renovável e energia limpa. O futuro verde do mundo é o presente do Brasil”, reforçou Freire.
Novo programa para redução do metano
Durante visita às cidades paranaenses, o ministro do Meio Ambiente destacou que investimentos em projetos que reduzem emissões de metano e ainda geram energia são uma realidade no País e mostram que é possível ampliar essas ações, transformando o Brasil em modelo para o mundo.
Segundo ele, este é o objetivo do novo programa para redução de metano, que será lançado em breve pelo Governo Federal. “Eu vim ver na região que a tecnologia já está disponível para escalar esse programa de uma forma relevante, para que a gente possa transformar esses resíduos em três coisas muito importantes: energia, combustível e biofertilizante”, explicou.
Joaquim Leite adiantou que um dos benefícios do novo programa será o financiamento climático com redução de impostos para infraestrutura de operações como as que estão sendo realizadas no Paraná. O objetivo é multiplicar o número de projetos sustentáveis, ampliando o potencial do Brasil no aproveitamento de resíduos e geração de energia como solução para redução das emissões de metano.
O ministro disse ainda que não vão faltar recursos para investir nessas ações. “Tem muito financiamento climático. O que nós temos no Brasil é o Fundo do Clima e recursos do Banco do BRICS, o novo banco de desenvolvimento dos países do BRICS. Ele tem US$ 2,5 bilhões, praticamente R$12 bilhões, para financiamento de projetos climáticos”, disse. Além disso, Leite citou outros recursos já disponíveis através do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Caixa Econômico Federal com linhas de crédito para investimentos em projetos verdes. “É isso que buscamos. Achar soluções para uma nova economia verde, gerando empregos verdes”, concluiu o ministro.
ASCOM MMA