Projeto Capivaras entrevista moradores da orla do Lago
2 de março de 2022Objetivo é criar estratégias de educação ambiental que atendam grupos específicos
Com duração prevista de 12 meses, trabalho avaliará as condições de saúde e locais de maior incidência dos animais
O que você acha que deveria ser feito às capivaras desta área? Você já encontrou capivaras? A partir desta semana, moradores das orlas Norte e Sul do Lago Paranoá estão sendo convidados a responder um questionário com perguntas como essas para mostrar seus conhecimentos sobre o mamífero, conhecido como o maior roedor vivo do mundo e muito comum no Distrito Federal.
As entrevistas tiveram início no Lago Norte, em uma etapa-piloto para a identificação de necessidade de ajustes nas perguntas, que também poderão ser respondidas por um formulário na internet.
A ação faz parte de um projeto de identificação e monitoramento da população de capivaras na orla do Lago Paranoá – Projeto Capivara, executado pela Secretaria de Meio Ambiente (Sema) em parceria com a Universidade Católica de Brasília (UCB) e recursos do Fundo Único de Meio Ambiente do DF (Funam).
O objetivo é mensurar a população desses animais, além de fazer um levantamento sobre as condições de saúde e identificar os locais de maior incidência da espécie. O trabalho tem duração de 12 meses, com prorrogação por até 60 dias.
Professora do curso de ciências biológicas na UCB, a coordenadora do estudo, Morgana Bruno, explica que os pesquisadores, neste momento, querem se apresentar aos moradores da Orla Norte, avisando que vão visitar suas casas. “Isso para que possamos ter uma receptividade melhor e mais segura”, diz. Os entrevistadores estarão devidamente uniformizados, trajando camisetas que mostram a logomarca do projeto, informa ela.
Monitoramento
As atividades estão agrupadas em monitoramentos de capivaras e de carrapatos e educação ambiental. A etapa atual é a última da aplicação de questionários para três públicos selecionados: pessoas que frequentam os parques e áreas de lazer, atletas e moradores. Saber a opinião de cada grupo é necessário para que sejam criadas estratégias de atuação específicas a cada um.
“Vamos saber se os moradores têm queixas ou alguma demanda que a gente possa atender”, explica Morgana Bruno. “Esta é a hora de falar, de entrar em contato, dizer qual é o posicionamento deles. Ou seja, é um momento em que a população tem voz, o que é fundamental, porque a partir dessa percepção poderemos atuar e fazer uma campanha ambiental efetiva para essas pessoas.”
Durante a Semana do Meio Ambiente de 2021, o analista Thiago Silvestre, do Brasília Ambiental, orientou a população a manter distância, respeitar e compreender que as capivaras são animais silvestres. Caso a pessoa vá se banhar nas águas do Lago, explicou, deve primeiro observar se há capivaras ou vestígios do animal nas proximidades. “Esses cuidados são muito importantes”, advertiu.
Acompanhe, abaixo, os lugares por onde os entrevistadores vão passar.
Lago Norte
* SHIN QI 16 Conjunto 6, próximo ao Parque das Garças
* SHIN QI 14 Conjunto 3
* SHIN QI 14 Conjunto 2
* SHIN QI 9 Conjunto 8
* SHIN QI 6 Entrequadra 4/6 Conjunto 1, próximo ao Viveiro Comunitário do Lago Norte
* SHIN QI 2 Conjunto 6
* SML, MI 11, Conjunto 1 – EPPR – Núcleo Rural Tamanduá
* SML, MI 9, Conjuntos 5 e 25
* SML, MI 7, Conjunto 23, MI 8, Conjunto 135
* SML, MI 3, Conjuntos 2 e 36
* Condomínio Privê 1, Quadra 3 Conjunto 30
* Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação
* SHIN QI 13, Conjuntos 2-3
Lago Sul
* SHIS QL 8 Conjunto 8
* SHIS QL 10 Conjunto 1
* Parque Ecológico Península Sul (entrada)
* SHIS QL 12 Conjunto 16/18
* SHIS QL 14 Conjunto 2
* SHIS QL 14 Conjunto 3
* SHIS QL 20 Conjunto 5
* SHIS QL 22 Conjunto 1
* SHIS QL 24 Conjunto 2
* SHIS QL 24 Conjunto 5
* SHIS QL 24 Conjunto 6
* SHIS QL 26 Conjunto 6
* SHIS QL 26 Conjunto 7
* SHIS QL 28 Conjuntos 4-5
* SHIS QL 28 Conjuntos 5-6
* SHIS QL 28 Conjunto 9
* SHIS QL 28 Conjunto 9
* SH Dom Bosco, Q 19
Avistou capivara sozinha ou em grupo? Envie um registro para o WhatsApp (61) 99654-2593.
Acompanhe o projeto pelo Instagram.
*Com informações da Secretaria de Meio Ambiente
Agência Brasília* | Edição: Chico Neto