Processo de rerrefino retornou mais de 900 milhões de litros de óleo lubrificante entre 2019 e 2021
28 de abril de 2022Brasil é líder do segmento na América Latina e possui a quarta maior unidade de rerrefino de óleo lubrificante do mundo
No Brasil, a logística reversa de óleos lubrificantes usados e contaminados (OLUC) é um caso de sucesso e referência mundial. O País é um dos que mais recicla, graças às políticas ambiental e energética sólidas e bem estruturadas, que permitiu a coleta de mais de 1,5 milhão de litros de óleo, entre 2019 e 2021.
Apenas em 2021, o setor coletou 565 milhões de litros de OLUC em mais de 4.250 municípios. A coleta produziu 330 milhões de litros de óleos básicos rerrefinados, contribuindo com 15% da demanda pelo produto no país. “A combinação da regulação ambiental e energética brasileira garantiu o desenvolvimento sólido do setor de logística reserva e rerrefino do óleo lubrificante usado e contaminado. O resultado não poderia ser diferente, o Brasil é líder do segmento na América Latina, além de possuir a quarta maior unidade de rerrefino do mundo”, explicou André França, secretário de Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente.
Os excelentes resultados atingidos pelo setor foram divulgados na última semana, durante evento promovido pelo Ministério do Meio Ambiente em que foram anunciados recordes no âmbito da logística reversa.
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O Óleo Lubrificante Usado ou Contaminado (OLUC) é classificado como resíduo perigoso, contendo metais pesados como cromo, cádmio, chumbo e arsênio. O descarte inadequado no solo e nos cursos de água geram graves danos ambientais e à saúde pública. Para se ter uma ideia, um litro de óleo lubrificante tem a capacidade de contaminar mais de um milhão de litros de água.
A coleta e o rerrefino desse material gera, atualmente, cerca de 12,5 mil empregos diretos e indiretos. Nos últimos três anos, o setor privado investiu R$ 424 milhões para garantir a coleta e a destinação correta do produto. Além do impacto econômico, a logística reversa do lubrificante, contribui para a preservação de recursos hídricos, solo, ar e já evitou a emissão de seis milhões de toneladas de gases de efeito estufa na atmosfera, entre 2019 e 2021. “Importante frisar que, só no ano passado, o rerrefino brasileiro evitou a emissão de 2,2 milhões de toneladas de gás carbônico equivalente. Uma grande contribuição do setor para a agenda de mudanças climáticas desenvolvida pelo país”, ressaltou o secretário André França.
Logística reversa do OLUC
Em junho de 2021, um acordo de cooperação foi assinado entre o Ministério do Meio Ambiente, a Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos e Efluentes (ABETRE) e a Associação Ambiental para Gestão de OLUC (AMBIOLUC) com o intuito de informatizar o sistema de logística reversa que permite a destinação ambientalmente adequada desse resíduo. Com isso, qualquer cidadão poderá acessar informações sobre a logística reversa do óleo, além de resultados do sistema e orientações para contribuir com a destinação ambientalmente adequada desse tipo de resíduo.
Para alcançar esse resultado, o acordo prevê a integração das informações sobre logística reversa de OLUC no Sistema de Informação Nacional, o SINIR+, além do desenvolvimento de um aplicativo on-line, para permitir a integração com os demais sistemas de logística reversa existentes no País, como eletroeletrônicos, embalagens e medicamentos.
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