Conservação

Com mais de 16,7 milhões de visitantes, Unidades de Conservação Federais batem novo recorde

3 de maio de 2022

Em 2021, as 145 UCs monitoradas pelo ICMBio receberam mais turistas que em 2019, antes da pandemia

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Acervo MMA

 

O ecoturismo no Brasil vai retomando espaço e mostra que pode se tornar um dos maiores atrativos do País. A visitação em áreas de proteção ambiental, parques e reservas administradas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) bateu novo recorde. Em 2021, o número de visitantes nas 145 Unidades de Conservação Federais ultrapassou 16,7 milhões. O número é maior que os 15,3 milhões registrados antes da pandemia, em 2019.

O Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro, recebeu mais de 1,7 milhão de pessoas e abriga um dos pontos turísticos mais famosos do mundo, o Cristo Redentor. Em segundo lugar está o Parque Nacional de Jericoacoara, no Ceará, seguido do Parque Nacional da Serra da Bocaina, em São Paulo.

“O Ministério do Meio Ambiente atua para integrar as atividades econômicas e a proteção ambiental. São soluções climáticas lucrativas para o empreendedor, para o turista, para a comunidade local, para o parque, para a natureza e lucrativas para todos os brasileiros”, explica o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite.

Incentivo ao ecoturismo

Entre as agendas prioritárias do Ministério do Meio Ambiente estão a concessão de parques e florestas nacionais para incentivo ao turismo nesses locais. A parceria entre Governo Federal e a iniciativa privada significa maior poder de investimento em infraestrutura para melhorar os serviços prestados aos visitantes. Um novo modelo de concessões foi estruturado e prevê, além de ampliar a visitação desses locais, mais investimentos em monitoramento e conservação das UCs.

Em março, o leilão do Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná, foi uma amostra do grande potencial brasileiro nessa área. O parque deve receber mais de R$3,5 bilhões em investimentos para promoção e preservação ambiental, incentivo ao ecoturismo e desenvolvimento sustentável das cidades da região. O objetivo é transformar a proteção dos parques e o turismo em atividade econômica com geração de emprego e renda para a população.

Os Parques Nacionais de Aparados da Serra e Serra Geral, no Rio Grande do Sul, que tiveram os serviços de visitação concedidos a partir de 2021, já começam a sentir os resultados dessa parceria. A concessão permitiu investimentos e melhorias na infraestrutura para receber turistas e visitantes, como a instalação de banheiros, trilhas sinalizadas e lanchonetes. Segundo dados do ICMBio, no ano passado, o Parque Nacional da Serra Geral recebeu número recorde de pessoas, com mais de 122 mil visitações. Os dois parques têm mais de 30 mil hectares de Mata Atlântica preservada e contam com 45 quilômetros de trilhas, abrigando os mais belos canyons do Brasil.

“Este governo entende que o parque tem que ser protegido pelo ICMBio, mas gerido para receber os visitantes pelas concessões e pelo privado, que é parte integrante da atividade econômica, especialmente onde há possibilidade de visitação”, pontua Leite.

Outros parques já estão qualificados no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) e 23 Unidades de Conservação estão no Programa de Concessão.

Além da agenda de concessões, o Governo Federal também aposta no Programa Parque+, que busca aumentar o ecoturismo em Unidades de Conservação e seu entorno. Entre as medidas estão o Projeto Rede Nacional de Trilhas de Longo Curso, composto por trilhas que ligam diferentes biomas de norte a sul do país; Projeto Conectividade, que leva internet gratuita a parques e unidades de conservação; e o Projeto de Acessibilidade, para melhorar a infraestrutura dos parques com equipamentos e instalações acessíveis a pessoas com deficiência.

ASCOM MMA

Meio Ambiente e Clima